Resumo

A qualidade de vida tem sido definida como o nível de satisfação com a vida, a qual depende da interrelação de múltiplos fatores, sendo que há fortes influências dos hábitos de vida de cada pessoa, da atividade física, da dieta, do comportamento preventivo, da percepção de bem estar, das condições físicas e ambientais, da renda, da percepção subjetiva de saúde, do relacionamento familiar, das amizades e dos aspectos espirituais religiosos. Este estudo objetivou analisar indicadores da qualidade de vida (domínios físico, psicológico, social e ambiental), o nível de atividade física, bem como, associá-los ao nível de atividade física habitual dos Profissionais de Educação Física da rede estadual de ensino, dos municípios vinculados a 25ª e 26ª GERED (Gerência Regional de Educação). Na coleta de dados, para avaliação da qualidade de vida foi utilizado o WHOQOL Abreviado. O questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) Versão Curta foi utilizado para avaliar o nível de atividade física. Os dados foram tabulados no pacote estatísticos SPSS versão 13.0 for Windons. Na análise dos resultados utilizou-se a distribuição em freqüências e percentuais, o teste de associação do Qui-quadrado, considerando o nível de significância p<0,05. Para demonstrar a ligação hierárquica entre as variáveis utilizou-se a análise multivariada de Cluster (Método de Ward). Os resultados demonstraram que mais da metade (62,4%) dos Profissionais de Educação Física estavam com idade acima dos 34 anos, 53% eram do sexo feminino, 65% eram casados e a maioria (59%) possuía carga horária de 40 a 50 horas semanais. A percepção de qualidade de vida foi positiva (62,4% boa e 6% muito boa), assim como a percepção positiva de saúde (59,8%). Quanto ao NAF, 64,1% dos Profissionais de Educação Física eram ativos e 11,1% eram muito ativos, independente do gênero. Na caracterização do domínio físico, os valores dos subdomínios oscilaram de 51,3% (ter energia razoável) a 90,6% (satisfeitos com a mobilidade); no domínio psicológico de 56,4% (aproveitavam muito a vida) a 93,2% (possuíam bastante percepção do sentido da vida); no domínio social de 64,9% (satisfeitos ou muito satisfeitos com o apoio dos amigos) a 77,7% (satisfeitos ou muito satisfeitos com as relações pessoais); e, no domínio ambiental, de 42,7% (oportunidade de lazer) a 83,7% (satisfeitos ou muito satisfeitos com a moradia). Não foram detectadas associações entre o NAF e os subdomínios da qualidade da vida e entre o NAF e cada domínio e seus escores (p>0,05). O domínio que obteve o maior número escores (> 15, em uma escala de 4 a 20), para uma qualidade de vida positiva foi o Domínio 2 (psicológico), e o pior, foi o Domínio 4 (meio ambiente). Dentre os resultados da ligação hierárquica entre as variáveis destacaram-se, com forte ligação, a capacidade para desempenhar atividades e a capacidade para o trabalho, as quais se apresentaram interligadas à energia para enfrentar o dia-a-dia. Com média força de hierarquia de agrupamento estavam os subdomínios desempenho das atividades diárias, a energia, a mobilidade, a concentração e a segurança. Com fraca ligação hierárquica a satisfação pessoal estabeleceu ligação com a mobilidade, a energia para enfrentar o dia-a-dia, o desempenho das atividades e a capacidade para o trabalho. O mesmo aconteceu com os subdomínios sentido da vida com a moradia, as relações pessoais com o apoio dos amigos e também a dor com o tratamento médico. De modo geral, conclui-se que a qualidade de vida dos Profissionais de Educação Física da 25ª e 26ª GERED foi positiva. O Nível de AF foi considerado bom, onde a maioria eram ativos ou muito ativos, entretanto, os resultados poderiam ser melhores por se tratar de profissionais da área de atividade física e saúde.

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