Resumo

Este estudo de corte transversal exploratório teve por foco avaliar o nível de atividade física (NAF) e verificar possíveis relações com a percepção subjetiva da qualidade de vida (QV) controlando os aspectos socioeconômicos e condições de saúde de pessoas com Diabetes Mellitus tipo 2 (DMII) frequentadoras da Associação de Diabéticos de Santa Bárbara do Oeste/SP. A amostra de conveniência selecionada consecutivamente foi composta por 101 indivíduos de ambos os sexos com média de idade de 63 anos e 6 meses (± 11 anos e 4 meses), onde a maioria era do sexo feminino, casados , aposentados, baixos níveis socioeconômico e de escolaridade. O questionário utilizado para determinar o NAF foi a versão 8 do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) forma curta e semana normal, contendo perguntas sobre a relação da frequência e duração na realização de atividades físicas vigorosas, moderadas e de caminhada. Para a avaliação da percepção de QV utilizou-se o WHOQOL - BREF - The World Health Organization Quality of Life Assessment ou WHOQOL Abreviado. Coletaram-se também informações sociodemográficas e condição de saúde através de questionário contemplando idade, gênero, tempo de acometimento da doença, utilização de medicamentos, hábitos de verificação da glicemia, estado civil, nível socioeconômico, nível de escolaridade, presença de doenças, dieta, existência de dificuldades para a prática de atividade física e aposentadoria. A estatística analítica das variáveis independentes que representam o nível de atividade física (caminhada, atividades moderadas e atividades vigorosas) mostrou associação significativa com várias facetas e domínios da variável dependente qualidade de vida (p?0,05), através da utilização do testes t de student, Mann-Whitney e Qui-quadrado para verificar diferenças nas médias e frequências entre os grupos, conforme a natureza das variáveis. As variáveis que mais demonstraram associações com os domínios do WHOQOL-Bref foram a prática da caminhada, seguida por atividades vigorosas. Já a prática de atividades moderadas se associou apenas com o domínio social. Frente às associações observadas, somadas às limitações impostas pela doença, eleva-se a importância das ações de educação em saúde realizadas em grupos de apoio às pessoas com DMII, principalmente no que se refere às orientações para o autocuidado e a prática regular de atividades físicas orientadas respeitando o contexto social e cultural de cada comunidade e as condições de vida locais.

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