Resumo

O racismo é, ainda hoje, um fenômeno complexo que remete às questões da humilhação ou discriminação da pessoa a partir dos diferentes conceitos (raça, cor da pele e cultura) e status sociais hierarquicamente construídos. A partir dele se constrói e reproduz o discurso que contribui para consolidar formas e processos que dão voz à exclusão ou à inclusão social. A proposta deste artigo é analisar as práticas sociais que contribuem para a produção e reprodução do racismo em Angola; olhar para o racismo como um instrumento a serviço de fins políticos, econômicos e de poder; e destacar os seus efeitos na educação angolana. O texto traz alguns exemplos que permitem entender como a partir da concepção do sistema educacional angolano, em 1975, se incorporaram elementos que apontam para o racismo, tipicamente da educação colonial, e que ao longo dos 40 anos de independência foram “minando” a concepção de uma educação cultural própria.

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