Quantificação da Deformidade Miocárdica Longitudinal Segmentar em Atletas Pela Ecocardiografia (técnica do Speckle Tracking)
Por Larissa Luchesi Oliveira (Autor), Luciana Braz Peixoto (Autor), Mary Stela Tonetti Martins (Autor), Carlos Eduardo Suaide Silva (Autor), Claudia Gianini Monaco (Autor), Manuel Adán Gil (Autor), Caio Rosendo Costa (Autor), Luiz Darcy Cortez Ferreira (Autor), Nathalia Azevedo Caiado (Autor), Alexandre Murad Neto (Autor).
Em Arquivo Brasileiro de Cardiologia Imagem Cardiovascular v. 26, n 4, 2013. Da página 284 a 288
Resumo
Introdução: A medida do strain indica o percentual de deformidade de um determinado segmento miocárdico. Objetivo: Estabelecer os valores normais de strain bidimensional nos diferentes segmentos miocárdicos do ventrículo esquerdo (VE), em atletas, por meio da ecocardiografia. Material e Métodos: Foram estudados 63 atletas (futebolistas profissionais), com idade média de 20,3 ± 5,9 anos e comparados com 63 indivíduos normais, pareados por idade e sexo. O strain bidimensional foi quantificado pela ecocardiografia, por meio da técnica do speckle tracking em 12 segmentos do ventrículo esquerdo, aos cortes apicais de 4 e 2 câmaras. Resultados: Os atletas avaliados apresentaram valores de strain bidimensional de 14,9 a 24,9%. Os valores médios do strain por região, nos atletas analisados, foram: 17,1% (região basal), 19,2% (região medial), 23,3% (região apical), evidenciando um aumento significativo da deformidade miocárdica da base para o ápice (p<0,005). Não foram observadas diferenças significativas quando comparados os valores encontrados em atletas com o grupo de indivíduos normais. Conclusão: Em futebolistas profissionais, os valores do strain bidimensional miocárdico do VE variam cerca de 15 a 25%, aumentando da base para o ápice ventricular, sendo o mesmo comportamento observado na população normal.
Palavras-chave: Atletas, Ecocardiografia/instrumentação; Miocardio/patologia; Função Ventricular/fisiologia