Resumo

Este estudo verificou o efeito de quatro semanas de treinamento de baixa intensidade com restrição do fluxo sanguíneo (RFS) no tempo de exaustão (Tlim) realizado em domínio severo. Treze sujeitos fisicamente ativos (23 ± 3,4 anos; 70.6 ± 7.8 kg; 170.9 ± 10 cm) foram divididos em dois grupos: treinamento intervalado com restrição de fluxo (RFS, n=9); e sem restrição (CON, n=4). O treino para ambos os grupos consistiu em 2 x 5-8 repetições de 2min a 30% da potência máxima (Ppeak) obitida durante teste incremental, com intervalos de 1min entre as repetições. Para o RSF o esfigmomamometro foi inflado a uma pressão de 140-200mmHg durante o período de exercício e desinflado nos intervalos. A pressão foi aumentada em 20mmHg a cada três sessões, assim, na última semana a pressão era 200mmHg. Antes e depois das quatro semanas de intervenção, todos os sujeitos realizaram um teste incremental até exaustão voluntária e um teste de carga constante com intensidade de 110%Ppeak. Os resultados mostraram que para o grupo BFR (Pre: 227±44s vs. Pos: 338±76s), mas não para o CON (Pre: 236±24s vs. Pos: 212±26s), o Tlim a 110%Ppeak aumentou significativamente após treinamento. Podemos concluir que 4 semanas de treinamento com BFR aumentou a tolerância ao exercício realizado no domínio severo, sem aumento no grupo CON. Assim, o maior estresse metabólico e fisiológico gerado pela restrição do fluxo sanguíneo, e não a intensidade de exercício per se, parece ter sido responsável pelas respostas adaptativas relacionadas ao aumento do Tlim após o treinamento.

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