Resumo

São  inúmeras  as  investigações  nas  ciências  humanas  e  sociais  que,  na  atualidade,  buscam  realizar uma crítica normativa ao esporte de alto rendimento, seja a partir da duvidosa retidão moral de suas práticas, seja  a  partir  da  evidente  influência  da  indústria  cultural,  a  dinâmica  social  do  consumismo  ou  o  culto politicamente  ambivalente  do  corpo.  No  entanto,  todas  essas  críticas,  embora  diversas  entre  si, convergem na medida em que raramente examinam os fundamentos e os pressupostos que se assumem ao denunciar uma posição contrária à difusão geral do esporte de alto rendimento, mesmo como modelo educacional ou formativo. Consequentemente, este artigose propõe a desagregar tais fundamentos a fim de compreender e estipular, com uma finalidade principalmente metodológica, em que bases o esporte de  alto  rendimento  pode  ser  criticado.  Inevitavelmente,  antes  disso,  deve-se  resolver  a  abstinência normativa quanto  às  diferentes  concepções  do  bem  e  da  boa  vida  que  coexistem  nas  sociedades complexas contemporâneas e, só depois disto, será possível analisar os fundamentos de cada uma das as formas  de  crítica  aos  esportes  de  alto  rendimento  em  suas  respectivas  relações  com  a  forma  de  vida capitalista

Acessar