Integra

Há anos que nascem velhos e outros que nascem novos, depende de como espera vivê-los cada vivente. Os que nascem velhos são os anos que carregam ditaduras, terrorismo, guerras, fomes. Porém, mesmo os que já nascem velhos, carregam os efeitos subversivos dos oprimidos, dos aterrorizados, dos esfomeados com suas pequenas e frágeis esperanças. Por pior que a vida pareça, em algumas circunstâncias, quando um ano se vai, é como se suas coisas ruins também se fossem. E quando um novo ano se aproxima, é como se ele pudesse trazer as coisas com que sonhamos. Para alguns o novo ano é assim, carregado de boas esperanças. Para outros, é apenas ocasião de festa, comilança, embriaguez para esquecer todos os anos que se passaram e não pensar nos que ainda restam. Que venha então 2025, que não é um ano só, são muitos, um para cada pessoa, pois que tempo é aquilo que cada um vive.