Resumo

Este paper pretende discutir, a partir de uma breve revisão de uma recente bibliografia sobre "escolinhas de futebol" nas Ciências Sociais, os diferentes significados em torno desta modalidade, para além de análises generalizadoras que delineiam dois modelos preponderantes de escolinhas: a primeira centrada no enfoque empresarial da modalidade, criada por clubes profissionais, ex-jogadores e investidores, voltada para setores da classe média e classe média alta, com a finalidade de ensinar a prática futebolística como um saber a ser aprendido e comprado mensalmente; a segunda, agrupada na categoria de "projetos sociais", modalidades mais populares, próximas de outras práticas também acionadas nos espaços urbanos e não-urbanos, por exemplo, o futebol de várzea ou o futsal. Ao transitar pelos diferentes significados que perpassam o foco dicotômico indicado acima, pretendo problematizar um sentido específico - o aspecto socializador da modalidade -, mas que se apresenta multifacetado quando observado de perto e de dentro2.

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