Resumo

O presente trabalho analisa a influência do racismo estrutural no contexto da Educação Física escolar e do esporte profissional, com foco na representatividade e no acesso. Com uma abordagem interdisciplinar, examinam-se dinâmicas históricas e sociais que mantêm a sub-representação de atletas negros em certas modalidades esportivas e os desafios econômicos enfrentados por populações marginalizadas no acesso ao esporte. O estudo também discute estratégias pedagógicas voltadas à promoção de práticas antirracistas na Educação Física escolar, buscando maior inclusão e reconhecimento de identidades diversas. As barreiras estruturais que dificultam o acesso ao esporte profissional, incluindo a falta de recursos, preconceitos institucionais e estereótipos raciais, são analisadas em profundidade. Essas barreiras, conforme destacado, não apenas impactam negativamente as trajetórias de jovens atletas negros, mas também reforçam desigualdades sociais e culturais mais amplas. Em contrapartida, são apresentados exemplos de iniciativas bem-sucedidas que visam democratizar o acesso ao esporte, promovendo a participação de grupos sub-representações. Tais iniciativas contribuem para a construção de um ambiente esportivo mais inclusivo e equitativo. No âmbito da Educação Física escolar, o estudo ressalta a importância de práticas pedagógicas que valorizem as experiências e culturas dos estudantes. Propõe-se a implementação de um currículo inclusivo, capaz de desafiar as desigualdades existentes e promover a formação cidadã e a consciência crítica sobre o racismo estrutural. Essas práticas têm o potencial de ampliar a compreensão de questões sociais mais amplas e estimular atitudes transformadoras entre os jovens. A pesquisa explora, ainda, o papel dos educadores na construção de uma prática pedagógica antirracista. Destaca-se a necessidade de formação continuada para professores, capacitando-os a lidar com questões raciais no contexto escolar e a incorporar estratégias que promovam a equidade. No esporte profissional, o texto enfatiza a relevância de políticas públicas que assegurem recursos e oportunidades para atletas de origem marginalizada, rompendo com as barreiras históricas que limitam sua ascensão em determinadas modalidades. Por fim, o trabalho ressalta a necessidade de ações conjuntas entre educadores, gestores esportivos e formuladores de políticas públicas. Apenas por meio da colaboração consciente será possível transformar o cenário esportivo em um espaço mais representativo e acessível. Conclui-se que iniciativas que promovam a justiça social no esporte e na Educação Física são fundamentais para combater o racismo estrutural e fomentar uma sociedade mais inclusiva. Assim, o estudo contribui para a reflexão crítica sobre as desigualdades no esporte e na Educação Física, apontando caminhos para a construção de práticas educativas e políticas que enfrentem o racismo de forma efetiva e promovam um futuro mais igualitário.

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