Resumo

Esta reflexão teórica objetiva discutir uma proposta diferente de encorajar pessoas com deficiência a utilizarem a realidade virtual como uma atividade de lazer, uma vez que existam barreiras que são encontradas para prática de lazer dessa população. Os ambientes virtuais fornecem um acesso seguro a situações interativas que, de outra forma, podem ser inacessível a eles devido a limitações motoras, cognitivas, psicológicas, além das barreiras de locomoção, transporte e necessidade de um cuidador. A capacidade de alterar o ambiente virtual de forma relativamente fácil, classificar a dificuldade da tarefa e adaptá-la de acordo com as capacidades do jogador são vantagens importantes da realidade virtual. A realidade virtual é eficaz não somente como um treinamento cognitivo e motor de habilidades, mas pela atratividade dos jogos, como uma proposta de lazer para pessoas com deficiências.

Downloads

Referências

ANDRADE, Rubian Diego; SCHWARTZ, Gisele Maria; FELDEN, Érico Pereira Gomes. Variáveis Socioeconômicas e o Envolvimento no Lazer: Análise com a Escala de Práticas no Lazer (EPL). Licere, v. 21, n. 1, p. 292-312, 2018. Disponível em: http://seer.ufmg.br/index.php/licere/article/view/10880. Acesso em: 01 set. 2018.

AREDE, Jorge et al. Atividade física de lazer das pessoas portadoras de deficiência–que constrangimentos?. Boletim Sociedade Portuguesa de Educação Física, n. 38, p. 55-65, 2014. Disponível em:https://boletim.spef.pt/index.php/spef/article/view/262. Acesso em 31 ago. 2018.

BARROS, J. Igualdade e diferença: construções históricas e imaginárias em torno da desigualdade humana. Petrópolis: Vozes, 2016.

BARROZO, A. F. H. et al. MJS. Acessibilidade ao esporte, cultura e lazer para pessoas com deficiência. Cadernos de pós-graduação em distúrbios do desenvolvimento, v. 12, n. 2, p. 16-28, 2012.

BLASCOVI-ASSIS, S. M. Lazer e deficiência mental. 2. ed. Campinas: Papirus, 2001.

BELTRAME, André Luís Normanton et al. A Cidade, o Lazer e a Pessoa com Deficiência: Entre a Invisibilidade e Emergência da Participação Social. Licere, v. 21, n. 2, p. 50-73, 2018. Disponível em: http://seer.ufmg.br/index.php/licere/article/view/11518. Acesso em: 01 set. 2018.

BRASIL. Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, 7 jul. 2015.

BOYCE, Kathryn; FLEMING-CASTALDY, Rita P. Active Recreation and Well-Being: The Reconstruction of the Self Identity of Women With Spinal Cord Injury. Occupational Therapy in Mental Health, v. 28, n. 4, p. 356-378, 2012.

CHAN, Jeffrey Michael et al. A picture-based activity schedule intervention to teach adults with mild intellectual disability to use an iPad during a leisure activity. Journal of Behavioral Education, v. 23, n. 2, p. 247-257, 2014.

CHAU, Josephine Y. et al. Cross-sectional associations between occupational and leisure-time sitting, physical activity and obesity in working adults. Preventive medicine v. 54, n. 3-4, p. 195-200, 2012.

CURY, C. R. J. Lazer, cidadania e responsabilidade social. Brasília: SESI/DN, 2006.

DALGAARD, Carl-Johan; STRULIK, Holger. The genesis of the golden age: Accounting for the rise in health and leisure. Review of Economic Dynamics, v. 24, p. 132-151, 2017. Disponível em: http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=2138051. Acesso em: 28 ago. 2018.

DE MENEZES, Vilde Gomes et al. A Revista Licere e a Pauta Científica do Lazer no Brasil de 1998 A 2017: Uma Revisão Integrativa. Licere, v. 21, n. 2, p. 301-325, 2018.

DE SOUZA, Paulo César Antonini; DA SILVA CARMO, Clayton; JUNIOR, Luiz Gonçalves. The Sims 3: perspectivas de uma experiência de lazer virtual. Licere, v. 16, n. 2, 2013. Disponível em: http://seer.ufmg.br/index.php/licere/article/viewFile/376/271. Acesso em: 27 ago. 2018.

DOS SANTOS, José Vitor Palhares et al. Políticas de Inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho: uma análise sobre o caso de Lavras (MG). Revista Foco, v. 8, n. 2, p. 04-15, 2015.

DOS SANTOS, Tatiana Néri de Aguiar; GOMES, Christianne Luce. Interfaces Lazer-Turismo: Um Estado do Conhecimento-Leisure-Tourism Interfaces: Knowledge Condition. Rosa dos Ventos: Turismo e Hospitalidade, v. 8, n. 4, 2016. Disponível em: https://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/rosadosventos/article/view/4429. Acesso em: 09 ago. 2018.

FINCO, Mateus David; FRAGA, Alex Branco. Corpo joystick: cinema, videogames e estilo de vida ativo. Licere:, v. 16, n. 3, 2013. Disponível em: http://seer.ufmg.br/index.php/licere/article/viewFile/368/263. Acesso em: 02 set. 2018.

FRANCO, Antonio Otero et al. Realidad virtual: Un medio de comunicación de contenidos. Aplicación como herramienta educativa y factores de diseño e implantación en museos y espacios públicos. Revista ICONO14: Revista científica de Comunicación y Tecnologías emergentes, v. 9, n. 2, p. 185-211, 2011.

GAO, Z. et al. A meta-analysis of active video games on health outcomes among children and adolescents. Obesity reviews, v. 16, n. 9, p. 783-794, 2015.

GARCÍA-VILLAMISAR, D.; DATTILO, J.; MUELA, C. Effects of therapeutic recreation on adults with ASD and ID: a preliminary randomized control trial. Journal of Intellectual Disability Research, v. 61, n. 4, p. 325-340, 2017. Disponível em: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/jir.12320. Acesso em: 02 set. 2018.

GOMES, Christianne Luce. Lazer urbano, contemporaneidade e educação das sensibilidades. Itinerarium, v. 1, n. 1, p. 18, 2008. Disponível em: https://seer.unirio.br/index.php/itinerarium/article/view/204 . Acesso em:15 set. 2018.

GONTAREV, Seryozha; KALAC, Ruzdija. Prediction of physical activity factors in Macedonian adolescents. Journal of Physical Education and Sport, v. 16, n. 1, p. 88, 2016. Disponível em: http://efsupit.ro/images/stories/nr1.2016/art%2015.pdf. Acesso em: 08 set. 2018.

HAMER, Mark; CHIDA, Yoichi. Active commuting and cardiovascular risk: a meta-analytic review. Preventive medicine, v. 46, n. 1, p. 9-13, 2008. Disponível em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0091743507000989. Acesso em: 15 set. 2018.

HICKS, Stephanie A.; SIEDLECKI, Karen L. Leisure activity engagement and positive affect partially mediate the relationship between positive views on aging and physical health. The Journals of Gerontology: Series B, v. 72, n. 2, p. 259-267, 2017. Disponível em: http://academic.oup.com/psychsocgerontology/article/72/2/259/2632053. Acesso em: 28 ago. 2018.

HSIEH, M.C.; LIN, Y.H. VR and AR Applications in Medical Practice and Education. J. Nurs,v. 64, p. 12–18, 2017.

HSU, T.; CHEN, J.Y. Information Visualization using Virtual Reality from mobile game data analysis. J. Cagst, p. 233–245, 2017.

IBRAHIM, Manal S.; MATTAR, Ayman G.; ELHAFEZ, Salam M. Efficacy of virtual reality-based balance training versus the Biodex balance system training on the body balance of adults. Journal of physical therapy science, v. 28, n. 1, p. 20-26, 2016. Disponível em: http://www.jstage.jst.go.jp/article/jpts/28/1/28_jpts-2015-680/_article/-char/ja/. Acesso em: 08 set. 2018.

JACK, David et al. Virtual reality-enhanced stroke rehabilitation. IEEE transactions on neural systems and rehabilitation engineering, v. 9, n. 3, p. 308-318, 2001.

KAHLBAUGH, Patricia E. et al. Effects of Playing Wii on Well-Being in the Elderly: Physical Activity, Loneliness, and Mood. Activities, Adaptation & Aging, v. 35, n. 4, p. 331-344, 2011.

LAMONTE, Michael J. et al. Cardiorespiratory fitness is inversely associated with the incidence of metabolic syndrome: a prospective study of men and women. Circulation, v. 112, n. 4, p. 505-512, 2005.

LAND, Gary; POVALAC, Emily Errington; PAUL, Stanley. The effects of therapeutic riding on sitting posture in individuals with disabilities. Occupational Therapy in Health Care, v. 14, n. 1, p. 1-12, 2002. Disponível em: http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/J003v14n01_01. Acesso em: 28 ago. 2018.

MASCARENHAS, Fernando. Lazer e grupos sociais: concepções e métodos. 2000. 142p. Dissertação (Mestrado) Campinas: Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas-SP, 2000.

MALLIET, S; MEYER, G. The History of Video Game. In: RAESSENS, J. GOLDSTEIN, J. The Handbook of Computer Game Studies. Cambrige: MIT Press, 2005.

MANINI, Todd M. et al. Daily activity energy expenditure and mortality among older adults. Jama, v. 296, n. 2, p. 171-179, 2006.

MENEGHETTI, Ana Paula et al. O Processo de Inclusão por Meio do Lazer. Revista da Associação Brasileira de Atividade Motora Adaptada, v. 14, n. 2, 2013.

MEYER, Sonya; ROSENBLUM, Sara. Children with celiac disease: Health-related quality of life and leisure participation. American Journal of Occupational Therapy, v. 70, n. 6, p. 7006220010p1-7006220010p8, 2016. Disponível em: http://ajot.aota.org/article.aspx?articleid=2554087. Acesso em: 08 set. 2018.

MIHAILA, Iulia et al. Leisure Activity and Caregiver Involvement in Middle-Aged and Older Adults With Down Syndrome. Intellectual and developmental disabilities, v. 55, n. 2, p. 97-109, 2017.

NETTO, Antonio Valério; MACHADO, Liliane; OLIVEIRA, MCF de. Realidade Virtual–Definições. Dispositivos e Aplicações. Notas Didáticas: Universidade de São Paulo–Instituto de Ciências Matemática e de Computação. São Carlos, 2002.

OH, Yoonsin; YANG, Stephen. Defining exergames & exergaming. Proceedings of Meaningful Play, p. 1-17, 2010.

PENEDO, Frank J.; DAHN, Jason R. Exercise and well-being: a review of mental and physical health benefits associated with physical activity. Current opinion in psychiatry, v. 18, n. 2, p. 189-193, 2005. Disponível em: http://journals.lww.com/co-psychiatry/Fulltext/2005/03000/Exercise_and_well_being__a_review_of_mental_and.13.aspx. Acesso em: 02 set. 2018.

REID, Denise T. Benefits of a virtual play rehabilitation environment for children with cerebral palsy on perceptions of self-efficacy: a pilot study. Pediatric rehabilitation, v. 5, n. 3, p. 141-148, 2002. Disponível em: http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/1363849021000039344. Acesso em: 24 ago. 2018.

SCATOLIM, Roberta Lucas et al. Legislação e tecnologias assistivas: aspectos que asseguram a acessibilidade das pessoas com deficiências. InFor, v. 2, n. 1, p. 227-248, 2017.

SCHWARTZ, Gisele M; CAMPAGNA, J. Lazer e interação humana no ambiente virtual. Motriz, v.12, n.2, p.175-8, 2006

SIECK, G. C. Physiology of aging. J Appl Physiol, v. 95, n. 4, p. 1333-4, 2003.

SPECHT, Jacqueline et al. The importance of leisure in the lives of persons with congenital physical disabilities. American Journal of Occupational Therapy, v. 56, n. 4, p. 436-445, 2002.

TOMASONE, Jennifer R. et al. Spinal Cord Injury, Physical Activity, and Quality of Life: A Systematic Review. Human Kinetics Journals, v. 2, n. 2, p. 113-129, 2013.

WEISS, Patrice L.; BIALIK, Pnina; KIZONY, Rachel. Virtual reality provides leisure time opportunities for young adults with physical and intellectual disabilities. CyberPsychology & Behavior, v. 6, n. 3, p. 335-342, 2003. Disponível em: http://www.liebertpub.com/doi/abs/10.1089/109493103322011650 . Acesso em: 25 ago. 2018.

WILLIAMS, Tamara; GUERIN, Eva; FORTIER, Michelle. Conflict between women's physically active and passive leisure pursuits: The role of self-determination and influences on well-being. Applied Psychology: Health and Well-Being, v. 6, n. 2, p. 151-172, 2014. Disponível em: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/aphw.12022. Acesso em: 03 set. 2018.

PDF

Publicado
2018-12-23
Como Citar
Serra, M. V. G. B., Fava, M. C., & Tonello, M. G. M. (2018). Realidade Virtual para Pessoas com Deficiência. LICERE - Revista Do Programa De Pós-graduação Interdisciplinar Em Estudos Do Lazer, 21(4), 529-548. https://doi.org/10.35699/1981-3171.2018.1952
 

Acessar