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RECOMENDAÇÕES
PRIMEIRO FÓRUM INTERNACIONAL SOBRE O ESPORTE, A PAZ E O DESENVOLVIMENTO
Lausanne, 7 e 9 de maio de 2009.

Os representantes do Comitê Olímpico Internacional (COI), sob o comando de seu presidente, os delegados das Nações Unidas, sob a responsabilidade de Wilfried Lemke, conselheiro especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para o Esporte para o desenvolvimento e a para a paz, os representantes das Federações Internacionais esportivas (FI), dos Comitês Olímpicos Nacionais (CON) do mundo inteiro, do Comitê ParaOlímpico Internacional (CPI), das Organizações Não-Governamentais (ONG) e do meio universitário CONCORDAM EM:

1) Ressaltar a importância deste primeiro Fórum sobre o esporte, a paz e o desenvolvimento que reuniu pela primeira vez, sob a égide do COI, representantes do Movimento Olímpico, das Nações Unidas, das ONG’s e do meio acadêmico a fim de evocar e analisar estes temas que assumem uma importância crescente para o desenvolvimento do esporte no seio da família Olímpica. Os participantes enfatizaram igualmente a contribuição do esporte para a instauração da paz e para o desenvolvimento, para a luta contra a violência à ajuda humanitária, passando pela construção social à longo prazo. O papel do Esporte no quadro da edificação da paz sempre é estreitamente ligada à ação das autoridades governamentais, cuja importância deve ser destacada;

2) Encorajar a cooperação com o Movimento Olímpico e seus parceiros, sempre que possível, a fim de multiplicar as iniciativas visando à utilizar os programas esportivos e recreativos para superar os obstáculos cada vez maiores que o mundo deve enfrentar em relação à saúde, quer se trate de obesidade, de má nutrição ou de doenças;

3) Destacar o compromisso do Movimento Olímpico em contribuir, por todos os meios possíveis, para a realização dos Objetivos do Milênio para o desenvolvimento das Nações Unidas graças ao esporte, catalizador da paz e do desenvolvimento;

4) Ressaltar o engajamento do Movimento Olímpico em utilizar sua influência a fim de obter o apoio dos dirigentes políticos, comunitários e da sociedade civil com o objetivo de lançar iniciativas baseadas no esporte e no lazer, para promover a paz, o desenvolvimento e a integração dos programas de esporte e de lazer em todos os estabelecimentos escolares, cuidando, se for o caso, para que esses estabelecimentos recorram à família Olímpica, aos agrupamentos comunitários, às Federações esportivas, às autoridades governamentais e aos clubes locais para explorar ao máximo as perspectivas que se oferecem em termos de atividades físicas e esportes;

5) Reiterar o apoio do Movimento Olímpico ao diálogo entre as nações e as pessoas a fim de contribuir para a erradicação dos preconceitos, de encorajar a compreensão mútua e para trabalhar para a dignidade de todos os povos;

6) Dar prioridade à defesa da causa feminina no e através do esporte, se esforçando em oferecer às mulheres chances iguais de participar das competições esportivas, da administração do esporte e do treinamento e considerar a igualdade de oportunidades como um direito humano fundamental;

7) Reconhecer que o Movimento Olímpico deve trabalhar para a promoção da paz através das atividades da Federação Internacional para a Trégua Olímpica (FITO) e da Trégua Olímpica.

8) Socilitar ao COI, assim como ao escritório conselheiro especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para o Esporte para o desenvolvimento e para a paz, a criação de um grupo de trabalho encarregado de examinar os meios de assegurar, entre a família Olímpica e todas as organizações ativas no domínio do esporte do desenvolvimento e da paz, um intercâmbio completo de informações, de competências e de experiências com o objetivo de identificar as melhores práticas internacionais antes de 30 de setembro de 2009;

9) Recomendar ao COI o estudo detalhado do conteúdo das intervenções feitas durante o Fórum Internacional sobre o Esporte, a Paz e o Desenvolvimento, dos resultados e das conclusões que dali foram tiradas e, na medida do possível, de submetê-los ao exame do comitê de redação do Congresso Olímpico de 2009 em Copenhague como preparação do evento citado;

10) Cuidar, cada vez que a família Olímpica estiver engajada em programas em favor do desenvolvimento e da paz, para que sejam completamente levados em conta os interesses das pessoas que sofrem com algum tipo de deficiência e que sejam reconhecidos e integrados nos programas correspondentes;

11) Fazer um chamado aos Comitês Olímpicos Nacionais e às Federações Internacionais esportivas a tomar a dianteira em matéria de promoção da paz e da compreensão e, para este fim, conceber, implementar e apoiar os programas que se utilizam do potencial do esporte;

12) Reconhecer que este primeiro Fórum, que serviu sobretudo para examinar a situação atual, deve constituir uma primeira etapa rumo a outras edições a renovar periodicamente em um intervalo de ao menos dois anos

Documento original do Comitê Olímpico Internacional disponível em

Tradução: Alvaro Ribeiro

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