Recuperação Ativa Favorece a Retirada Simpática Pós-exercício Máximo em Jovens Não Treinadas
Por Jaqueline Alves de Araújo (Autor), Gabriel Kolesny Tricot (Autor), Gisela Arsa Lucieli (Autor), Lucieli Teresa Cambri (Autor).
Resumo
O objetivo deste estudo foi avaliar a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) após recuperação ativa de um exercício máximo em jovens não treinadas. Nove mulheres eutrófi cas (25,45 ± 5,41 anos; 22,23 ± 2,03 kg.m-2; 28,13 ± 5,0% de gordura corporal) foram avaliadas em repouso, exercício e na recuperação pós teste progressivo máximo em cicloergômetro realizada de forma ativa (A) ou passiva (P), com os índices da VFC (RMSSD e SDNN) avaliados durante os 5 min da recuperação e nos 5 min posteriores, janelados a cada 30 s. Os índices LnRMSSD30s e LnSDNN30s ao fi nal do exercício (A: 0,52 ± 0,13; P: 0,55 ± 0,25 / A: 0,42 ± 0,11; P: 0,48 ± 0,21 ms) reduziram em relação ao repouso (A: 1,49 ± 0,29; P: 1,46 ± 0,28 / A: 1,70 ± 0,21; P: 1,69 ± 0,20 ms) e permaneceram reduzidos (p<0,05) ao fi nal dos primeiros 5 min da recuperação (A: 0,53 ± 0,12; P: 0,45 ± 0,14 / A: 0,63 ± 0,12; P: 0,68 ± 0,24 ms) e após esse período (A: 0,48 ± 0,12; P: 0,55 ± 0,23 / A: 0,86 ± 0,20; P: 0,87 ± 0,20 ms), sem diferença entre os tipos de recuperação. Entretanto, após a recuperação ativa, o índice LnSDNN30s elevou-se em relação ao fi nal do exercício (p<0,05). Em conclusão, independentemente do tipo de recuperação, não houve reativação vagal nos 10 min após um exercício máximo em mulheres jovens não treinadas, contudo a recuperação ativa auxiliou no restabelecimento da modulação autonômica cardíaca pela retirada da atividade simpática.