Resumo

Este trabalho propõe compreender as variadas formas como indivíduos de gênero e orientações sexuais consideradas dissidentes, moradores dos municípios de Araraquara e São Carlos, constroem relações entre si, tecem redes de sociabilidade e elaboram práticas culturais que produzem suas subjetividades e identidades no cotidiano, em contextos de lazer. Tais locais e seus itens de consumo, serão concebidos como mediadores e comunicadores sociais que instrumentalizam estes processos. Por conta dos grupos identitários em análise, torna-se necessário realizar um mapeamento histórico da Comunidade LGBTQIA+ no país e fomentar a discussão reconhecendo as abordagens principais dos Estudos de Gênero e Sexualidade. Em seguida, lançar mão ao conceito de Sociabilidade e mobilizar o repertório de investigação da Antropologia do Consumo, dando fundamento teórico para as problematizações propostas. Influenciado por categorias da chamada Antropologia Urbana, como estratégia metodológica, propomos trabalho de campo etnográfico em bares e casas noturnas frequentados, predominantemente, por integrantes da comunidade LGBTQIA+ nas duas cidades.