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INTRODUÇÃO:

No final da década de vinte do século passado, o Brasil foi marcado por profundas mudanças no cenário político econômico brasileiro.

Ainda nesse período predominavam profundas características coloniais e o país necessitava entrar realmente no contexto da industrialização, pois segundo Maestri (2003, p.48) "O processo de industrialização do Brasil iniciou-se em fins do século 19, em forma profundamente regionalizada, sobretudo através da exploração da força de trabalho européia imigrada especializada e semi-especializada e de trabalhadores urbanos de origem nacional não especializado". Era necessária mão de obra qualificada para que o sistema industrial se desenvolvesse, pois o país não tinha nem pessoal qualificado e nem estrutura em virtude de ser um agroexportador e possuir até 1888 trabalhadores escravos.

A Revolução Industrial marca transformações brutais tanto na cultura como na organização social e na ciência, cujos efeitos ressoam como paradigma até os dias de hoje. Corpos des-territorializados, adaptados aos meios de produção e explorados para benefício de uma minoria fazem parte dessa história. O Homo-Motor. (UGARTE, 2005)

Diante do crescimento da sociedade e de seu processo de industrialização a Educação física ganha sua representatividade neste meio a partir de sua prática utilizada de novas tendências diante dos campos político e econômico.

Este fora o período de maior significado para a história, da educação Física, segundo Castellani Filho, pois é neste momento em que se criam os Cursos Superiores de Educação física, há a obrigatoriedade de sua prática em escolas, a regulamentação do desporto e a criação dos Centros de serviços de recreação operária e dos clubes de menores operários.

Sabe-se que a educação física serviu como instrumento de controle e dominação dos interesses da classe dominante, e neste período ela foi utilizada baseada no método francês que tinha suas bases pedagógicas com características dos métodos do modelo produtivo de Taylor, o qual reproduzia a forma determinada de produção dos interesses capitalistas.

Pretende-se com este trabalho mostrar os acontecimentos ocorridos no recorte histórico de 1930 -1945 no Brasil, como se deu a eugenização da raça, a transformação da sociedade com o início da industrialização, a utilização do método de Taylor como modelo produtivo, bem como, uma nova vertente dada à educação física diante do novo modelo de capital introduzido no país.

METODOLOGIA:

O trabalho foi realizado através da pesquisa de textos que abordam essa temática dentro da história da Educação Física na vertente de alguns pesquisadores, tais como, Lino Castellani Filho, Carmem Lucia Soares, Ricardo Figueiredo Lucena.

RESULTADOS:

Dos três autores que foram pesquisados todos concordaram que a Educação Física colaborou no processo de formação do povo brasileiro, bem como mostram que no período referido de 1930 a 1945 ela também colaborou na reestruturação da mão de obra que era eminentemente agrícola e que passou para uma mão de obra industrializada.

CONCLUSÕES:

Diante do exposto acredita-se que a grande significação e representação da Educação Física para a sociedade deram-se diante da transformação de capital da sociedade. A industrialização fora também detentora de transformações acerca da educação do ser humano.

A educação física na verdade, tinha capacidade de aperfeiçoar o corpo do trabalhador bem como controlar os seus tempos livres, sendo esta uma capacidade dual da educação física.

Assim, o método francês utilizado para a construção do tipo ideal de trabalhador que naquele momento era necessário para a transformação da sociedade industrial, fora de grande significação tanto para a classe dominante, quanto para a classe operária, pois houve notáveis transformações no campo, político, educacional e econômico.

Parece - nos que a Educação Física sempre na história do Brasil esteve a serviço dos projetos de poder de quem detinha tanto o comando político quanto o econômico do país.