Resumo

Introdução: Um grande desafio enfrentado por fisiculturistas na fase pré-cometitiva se refere às demandas de altos volumes de treinamento e às restrições energéticas durante a fase pré-competitiva impostas a fim de diminuir o percentual de gordura corporal com o mínimo de perda de massa magra. Objetivo: Avaliar os efeitos de um modelo refeed com carboidrato após quatro semanas de restrição energética moderada e severa no desempenho, marcadores de recuperação e respostas afetivas em fisiculturistas competitivos, realizando um treino de força, aplicando o método GVT. Métodos: Onze fisiculturistas do sexo masculino (28,4 ± 2,3 anos) com 8,8 ± 2,0 experiência em treinamento e em competições foram designados em dois grupos: Restrição Energética Moderada (REM; n = 6) > 40% da ingestão habitual ou Restrição Energética Severa (RES; n = 5) < 40 % da ingestão habitual para realizar quatro semanas de restrição energética; durante 5 dias realizaram a restrição energética seguidos por 2 dias de refeed de carboidratos, No entanto, na quarta semana, após realizar um teste de 1 Repetição Máxima (1RM) ambos os grupos completaram dois protocolos de treinamento no exercício leg press utilizando o método GVT, com o ultimo refeed de um modelo proposto com adição de 4 refeições livres entre os dois protocolos. Após o primeiro e o último protocolo de treino, os indivíduos foram avaliados quanto a Percepção Subjetiva de Esforço (PSE), resposta afetiva, dor muscular percebida, cretina quinase (CK) e lactato sanguíneo. O teste pareado de Wilcoxon foi realizado para avaliar as diferenças entre as respostas pré e pós-refeed nos dois grupos. O teste de Friedman foi utilizado para a análise de variância de medidas repetidas em momentos distintos dentro de cada grupo e quando aplicável, empregamos o teste post-hoc de Dunn. Resultados: Os parâmetros antropométricos indicaram uma redução de 16,0 e 17,6% da massa gorda, respectivamente com a manutenção da massa livre de gordura. A ingestão energética durante o estudo foi 72,9 e 53,4% da ingestão energética habitual e o consumo médio de energia após refeed aumentou 36,8 e 46,3% para os grupos REM e RES, respectivamente. Todos os indivíduos do RES relataram uma resposta afetiva positiva, enquanto que na maioria dos indivíduos do REM foi identificada uma resposta afetiva negativa. Os valores de CK apresentaram resultados diferentes entre os grupos quando comparado pré e pós refeed em cada condição, permanecendo os mesmos valores em REM e diminuindo em RES em todos os intervalos de tempo analisados. Conclusão: Portanto, nossos resultados sugerem que fisiculturistas podem se beneficiar com o refeed com carboidratos, especialmente aqueles que adotam restrição energética severa associada a um protocolo de treinamento intenso como o GVT.

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