Editora Gama Assessoria Empresarial. Brasil 2021. 174 páginas.

Sobre

PREFÁCIO

Lamartine DaCosta Membro Honorário do Comitê Internacional Pierre de Coubertin

A presente obra coletiva e internacional apresenta-se como uma contribuição teórica à renovação do Movimento Olímpico com consequentes influências no esporte de alta competição. Em sua essência, os textos organizados adiante discutem a crescente pluralidade da identidade nas relações humanas e seus impactos nas práticas esportivas. Trata-se, enfim, de um reexame dos avanços identitários postos em evidência em termos práticos ocorridos em 2021 nos Jogos Olímpicos de Tóquio, na edição adiada de 2020. E tanto naqueles Jogos como neste livro, optando-se mais por semelhanças, o foco em questão está posto nos Direitos Humanos diante de discriminações, preconceitos e desigualdades tais como exclusão social e de direito à expressão, homofobia, racismo, sexismo, xenofobia entre tantas outras rejeições das diferenças antepostas a indivíduos, grupos e minorias vulneráveis.

Nesses termos, esse livro renova antigos e novos valores do Movimento Olímpico e consequentemente das práticas esportivas em geral. Isto porque os temas abordados estão contextualizados nos retrocessos e avanços de anos recentes e referidos às relações entre atletas, praticantes, torcedores, dirigentes, patrocinadores, etc. E, se resumidas, tais tendências quer construtivas ou antissociais, têm se mostrado intercaladas ou sobrepostas ao longo da história e se revelam ainda presentes na atualidade. Por isso, o próprio Pierre de Coubertin, restaurador dos Jogos Olímpicos, já nos anos de 1920, definia o desenvolvimento do esporte moderno como “pendular”. Hoje, tal progressão com retrocessos e avanços poderia ser exemplificada pelo atual controle das falas de posicionamento dos atletas nas competições em contraponto com a posta em vigor em 2020 da expressão “Juntos” (Communis) no centenário do até então intocável lema olímpico "Mais rápido, Mais alto, Mais forte" (Citius, Altius, Fortius)