Reflexões Sobre a Corporeidade em Duas Obras Fundamentais da Educação Física Brasileira: Diálogos Entre o Antes e o Depois
Por Manuel Pacheco Neto (Autor).
Em XVII Congresso de Ciências do Desporto e Educação Física dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Introdução
Este texto2 busca pautar as reflexões sobre corporeidade, contidas em duas obras fundamentais da Educação Física Brasileira: Educação física & esportes: perspectivas para o século XXI e Educação física e esporte no século XXI. A primeira obra, organizada por Wagner Wey Moreira, foi publicada pela primeira vez em 1992; a segunda, organizada por Wagner Wey Moreira e Vilma Lení Nista-Piccolo, foi publicada pela primeira vez no ainda recente ano de 2016. Entre ambas as obras existe um diálogo bastante interessante, talvez sem paralelo na produção acadêmica da área da Educação Física. A obra de 1992 trata de perspectivas, e a de 2016, por situar-se no próprio devir perspectivado quase um quarto de século antes, propicia um olhar retrospectivo de raro amadurecimento – o que não impede, está claro, a elaboração de novas perspectivas –, estabelecendo um sentido dialogal extremamente profícuo para pensar a Educação Física e o Esporte. Ambas as obras são estruturalmente divididas em partes temáticas, e ambas contém – cada uma delas – uma parte que trata da corporeidade, com dois capítulos em cada uma destas partes, perfazendo quatro escritos, dos quais analisaremos três3 : Perspectivas na visão da corporeidade, de Silvino Santin (1992); Consciência corporal e dimensionamento do futuro, de Régis de Morais (1992) e; Educação física, esporte e corporeidade: associação indispensável, de Wagner Wey Moreira e Regina Simões (2016).