Resumo

Este ensaio parte de uma problematização sobre o fenômeno recorrentemente retratado em pesquisas da área da Educação Física Escolar acerca da exclusão, afastamento, não participação e desinteresse de estudantes nas aulas, particularmente no nível do Ensino Médio. A partir do referencial teórico das obras de Paulo Freire, buscamos refletir sobre esse fenômeno por meio do desvelamento de relações opressoras nas aulas de Educação Física, baseadas nos marcadores socioculturais de gênero, sexualidade, raça e saúde. E ainda, como essas situações acabam por marginalizar os corpos nas aulas, silenciá-los, afastá-los ou até mesmo limitá-los ou impedi-los em sua liberdade de ser quem são. Ao discutir sobre as relações opressoras, argumentamos sobre a necessidade de se ampliar a compreensão sobre as experiências vivenciadas por estudantes com a Educação Física, para além de um enfoque nas dimensões individuais e comportamentais relacionadas com a motivação para participação nas aulas.

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