Resumo

CONTEXTUALIZAÇÃO: Lesões no musculoesquelético podem ser causadas pela própria contração muscular. OBJETIVO: Analisar em diferentes períodos a lesão do músculo tibial anterior (TA) induzida pela eletroestimulação. MATERIAL E MÉTODO: ratos Wistar macho (298,2 ± 16,0g) foram divididos nos grupos: eletroestimulado (EE) e analisado após 3 e 5 dias (n= 20) e controle (C), 3 e 5 dias (n = 14). O TA, mantido em alongamento, foi lesado por eletroestimulação neuromuscular (90 min, 30Hz, 1m/s, Ton/Toff 4s e 4mA). Após 3 e 5 dias, os animais foram sacrificados e os músculos retirados, sendo os cortes histológicos (10 µm) obtidos em criostato e corados com Azul de Toluidina. Os pesos corporal e muscular foram analisados estatisticamente pelo teste T-Student (p < 0,05). RESULTADO: Aumento do peso corporal final quando comparado com inicial em C3 e C5 (288,5 ± 18,3g x 308,5 ± 24,3g; 288,4 ± 15,0g x 305,5 ± 20,7g, respectivamente) e diminuição em EE3 e EE5 (305,0 ± 13,0g x 285,6 ± 13,2g; 306,1 ± 12,4g x 278,4 ± 20,9g, respectivamente). Peso muscular relativo do EE5 foi menor quando comparado com o C5 (0,20 ± 0,001% x0,22 ± 0,01%, respectivamente). Análise histológica mostrou variabilidade na extensão e nos sinais de fibras lesadas e/ou em regeneração e a região distal foi a mais lesada. Grupo EE3 apresentou predominância de infiltrado celular e hipercontração dos miofilamentos, e no grupo EE5 houve predominância de infiltrado celular, basofilia e fibrose. CONCLUSÃO: O período de 2 dias após eletroestimlação foi suficiente para observar diferença no processo de regeneração com maior susceptibilidade à lesão na região distal do músculo tibial anterior. Palavras-chave : regeneração muscular; tibial anterior; estimulação elétrica; lesão muscular.

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