Relação da auto-estima com a atividade física em diferentes domínios em adultos residentes na comunidade
Por Gustavo dos Santos Druzian (Autor), Milena Teixeira (Autor), Eduardo Duarte de Lima Mesquita (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
A autoestima (AE) corresponde a um conceito individual a respeito de suas condições físicas, comportamentais e psicológicas. A baixa autoestima tem sido associada a agravos a saúde e neste sentido a prática de atividade física (AF) tem demonstrado contribuir para uma melhora desta condição, mas não é claro se os domínios seccionados da AF poderiam ser relacionados de forma diferente com AE. OBJETIVO: Analisar a relação entre a autoestima e a prática de atividade física de acordo com diferentes domínios em adultos. MÉTODOS: Uma amostra de 252 adultos (42,6±17,2) residentes da cidade de Santo Anastácio- SP, foi selecionada de forma aleatória por setor censitário, sendo 58,8% de mulheres. A autoestima foi avaliada pela escala de Rosemberg e a prática de atividade física por meio do questionário de Baecke. Sexo, idade, status socioeconómico, e índice de massa corporal foram as variáveis de ajuste de confusão. Foi observada uma distribuição não normal das variáveis contínuas (Kolmogorov-Smirnov), neste sentido, as características descritivas da amostra foram apresentadas em mediana e intervalo interquartil. A análise da correlação entre as variáveis foi realizada pelo coeficiente de correlação de Spearman. Para a magnitude foi utilizado regressão linear múltipla e foram criados modelos categóricos com o objetivo de analisar a associação entre ser fisicamente ativo em diferentes domínios e ter autoestima baixa ajustados pelas variáveis de confusão. A qualidade do ajuste da análise categórica foi analisada pelo teste de Hosmer & Lemeshow. A significância estatística foi estabelecida em p<0.05 e o intervalo de confiança em 95%. As análises foram realizadas pelo programa SPSS versão 24.0.RESULTADOS: Foi observada uma relação positiva da AE com AF ocupacionais (β= 1,29 [IC 95%: 0,17; 2,40]) e com exercícios físicos no lazer (β= 0,81 [IC 95%: 0,14; 1,49]), independentemente das variáveis de ajuste. Foi observado que ser fisicamente ativo em pelo menos um domínio da atividade física foi associado a 88% menos chance de apresentar baixa autoestima (OR= 0,12 [IC 95%: 0,02; 0,80]), quando comparado a não ser fisicamente ativo em nenhum domínio. CONCLUSÃO: O nível de autoestima foi positivamente relacionado com exercícios físicos no lazer e atividade física ocupacional. Ser ativo em pelo menos um domínio da atividade física foi associado a menor chance de apresentar autoestima baixa em adultos.