Relação da Força Muscular Reduzida com o Comportamento Sedentário e a Atividade Física em Idosos da Comunidade
Por Sheila Tribessi (Autor), Jair Singra Virtuoso Júnior (Autor), Joilson Menegucil (Autor), Márlon Martins Moreira (Autor), Rizia Rocha Silva (Autor), Matheus Martins Moreira (Autor).
Em 43º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: A perda progressiva da capacidade muscular pode afetar a função física do idoso, ameaçando sua autonomia e independência. A alta exposição ao comportamento sedentário (CS) e a baixa prática de atividade física (AF) aparecem corno comportamentos que podem interferir no processo do declínio da força muscular (FM), acelerando este acometimento. Portanto, estudos acerca destas variáveis se fazem necessários mediante os riscos apresentados pela queda de tal valência na população idosa. Objetivo: Analisar os fatores de risco entre AF, CS e FM em idosos. Métodos: Amostra composta por 459 idosos (de 60 a 96 anos), de ambos os sexos, participantes do Estudo Longitudinal da Saúde do Idoso de Alcobaça. As variáveis comportamentais, AF e CS, foram avaliadas por meio da versão longa do IPAQ. O CS foi dícotomizado no P75, sendo z 540 minutos/dia (baixo CS) e k. 540 minutos/dia (alto CS) e a AF em .150 minutos/semana (suficientemente ativo) e <150 minutos/semana (insuficientemente ativo). A avaliação da FM foi realizada pelo teste de preensão manual, utilizando o dinamômetro hidráulico, classificando através dos pontos de corte <27 kg/f para homens e <16 kg/f para mulheres. Para a análise dos dados utilizou estatística descritiva (mediana e erro padrão), teste U de Mann-Whitney para diferença entre os sexos e regressão de Poisson para avaliação dos comportamentos sobre a FM, adotando um nível de significância de 5%. Resultados: Os participantes tiveram a mediana de 68,0±0,38 anos, massa corporal 66,20±0,65 Kg, IMC 26,50±0,24kg/m2 e FM de 22,0±0,40 Kg/f, com diferença significativa entre os sexos para todas as variáveis, exceto idade. O sexo feminino apresentou maiores declínios de força (p<0,043). Quando analisado os comportamentos, os idosos com baixa AF (<150 min/sem) e alto CS 540 minutos/dia) apresentaram razão de prevalência de 1,36 (IC95%1,00 — 1,84) e 1,81 (1C95% 1,34 — 2,44), respectivamente, para a FM reduzida. Quando ajustado pelas variáveis sexo, idade, IMC, renda, raça, escolaridade, consumo de álcool e tabaco, permaneceu significativo a alta exposição ao CS (RP=1 ,64 (IC95%1,23 — 2,18).