Resumo

O presente estudo teve como objetivo observar a relação entre os condicionantes aeróbio e anaeróbio alático e o desempenho na execução (índice de fadiga) da habilidade ataque do voleibol, verificado pela variação da altura de salto. Para isso 15 sujeitos masculinos, sete atletas de voleibol ativos (AT) e oito jogadores recreacionais (NA), foram submetidos a três situações de teste: a) teste em esteira escalonado (TE) para determinação do limiar anaeróbio correspondente à concentração sanguínea de 3,5mM de lactato(Lan); b) teste de cinco corridas máximas de 30 m (TC) para determinação da capacidade aláctica através da razão: pico de lactato/velocidade média e c) teste padronizado de habilidade em quadra (TH). Este teste consistiu na sequência, intermitente, de 40 execuções da habilidade ataque na rede, sendo executado um ataque a cada oito segundos (razão: esforço e pausa, 1:3). A sequência foi filmada defronte a um plano de referência para determinação da altura de alcance do ápice da cabeça do sujeito em cada execução da habilidade ataque; através de ajuste de regressão linear, aos dados, foi determinada a perda da altura de alcance do ápice da cabeça durante a sequência (índice de fadiga). Foi obtida a concentração sanguínea de lactato após o teste. Não foi observada diferença estatisticamente significativa entre AT e NA no tempo médio e concentração sanguínea de lactato no TC. O grupo AT apresentou, significativamente, maior limiar anaeróbio, como também apresentou menor índice de fadiga e menor concentração sanguínea de lactato após TH. Foi determinada correlação positiva significativa entre as variáveis concentração sanguínea de lactato após TH e índice de fadiga; obteve-se também correlação significativa negativa entre as variáveis: a) concentração sanguínea de lactato após TH e Lan e b9 Lan e índice de fadiga. Não foi encontrada correlação significativa entre o pico de lactato/velocidade média no TC e o índice de fadiga (r=0,41). Conclui-se que o condicionamento aeróbio adequado é um dos determinantes para a manutenção do desempenho na execução da habilidade ataque, em termos de altura do salto. Não foi verificado, com a amostra estudada e os parâmetros utilizados para a caracterização da capacidade aeróbia aláctica, efeito dessa sobre o desempenho destacado.

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