Resumo

O presente estudo teve como objetivos primeiramente classificar indivíduos em diferentes padrões por meio de inteligência artificial, caracterizando-os com base na composição corporal, aptidão física, assimetria do córtex pré frontal (CPF), perfil comportamental relacionado ao exercício e respostas psicofisiológicas antes, durante e depois de um teste incremental máximo (TIM), após realizadas essas classificações, comparar entre esses mesmos padrões suas respectivas respostas motivacionais, afetivas, de ativação e percepção subjetiva de esforço (PSE) antes, durante e depois de um TIM, avaliando hierarquicamente o quanto suas características (composição corporal, aptidão física, perfil comportamental e assimetria do CPF) influenciaram nas respostas de cada momento. Participaram do estudo 76 sujeitos de ambos os sexos com idade de 20 a 29 anos, realizando uma única visita laboratorial, cuja mesma consistiu em uma avaliação física, avaliação do perfil comportamental relacionado ao exercício por meio de questionários, coleta de eletroencefalograma (EEG) e a realização de um TIM na esteira. Os participantes foram posteriormente alocados em grupos por seus respectivos padrões de similaridades definidos por análise de Self-Organized Maps (SOM), e na sequência foram comparadas as respostas psicofisiológicas de afeto, PSE e ativação entre os grupos durante 8 momentos (antes, durante e após) do TIM, juntamente do poder de influência de 29 covariáveis em cada momento. Foram identificados 4 padrões (grupos) pelo SOM, sendo que o Grupo 1 (G1) possuía melhor composição corporal, aptidão física, e um perfil comportamental de maior afinidade ao exercício, enquanto os demais apresentaram características gradativamente opostas, consequentemente, esses grupos também diferiram nas respostas psicofisiológicas mediante o exercício, sendo que, o G1 apresentou maior motivação (f = 1.999, p < .05), afeto (f = 3.459, p < .05) e menor PSE (f = 3.030, p = .05) comparado aos outros grupos. Todas as respostas psicofisiológicas foram influenciadas pelas covariáveis, porém, a hierarquia de qual covariável influencia mais ou menos muda a cada momento do TIM. Concluindo, pôde-se identificar 4 padrões de indivíduos cujos mesmos diferem nas respectivas respostas psicofisiológicas nos períodos antes, durante e depois de um TIM. Entretanto, apesar das respostas psicofisiológicas mediante ao TIM sofrerem influências pelas variáveis de composição corporal, aptidão física, perfil comportamental e assimetria do CPF, a ordem hierárquica do poder de influência dessas mesmas variáveis diferem a cada momento do teste

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