Relação de Uma Variável Antropométrica com o Nível de Capacidade Funcional de Idosos Praticantes de Atividade Física de Uma Instituição Privada
Por Marcelo Costa Santos (Autor), Danielli Soares Araújo (Autor), Poliana Lisboa dos Santos (Autor), Rafael Lima de Jesus (Autor), Marion Andrade Dias (Autor), Cristiano Penas Seara Pitanga (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: Segundo Matsudo (2000), uma das mais evidentes alterações que acontecem com o aumento da idade cronológica é a mudança nas dimensões corporais. A concentração excessiva de gordura na região abdominal relaciona-se com diversas disfunções metabólicas e está associada ao maior risco de morbidade e mortalidade decorrentes das doenças coronarianas (DC). O envelhecimento acarreta ainda uma redução no desempenho motor na execução das atividades da vida diária (AVD), transformando tarefas simples em complexas. Objetivo: Verificar se a relação cintura quadril pode interferir na capacidade funcional de idosos em relação as suas AVD. Métodos: Trata-se de uma pesquisa descritiva, quanti-qualitativa que consistiu em submeter 22 idosos com média de idade 71,1 ± 6,5 participantes de um programa de atividade física da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) em Salvador/BA a uma bateria de testes antropométricos (circunferência da cintura e quadril (RCQ), índice de massa corpórea (IMC), peso e altura) e do protocolo AVD de idosos fisicamente independentes validado por Andreotti & Okuma (1999), que referiram-se em locomover-se num percurso de 800m; levantar-se da posição decúbito ventral (LPDV); levantar de uma cadeira e locomover-se pela casa (LCLC); subir um lance de escada de 15 degraus; calçar um pé de meia e a altura alcançada em subir degraus. Para análise dos dados utilizou-se a estatística descritiva (média, desvio padrão), para o nível de significância utilizou-se o teste t p<0,05. Os testes estatísticos foram processados no Stata versão 7.0. Resultados: Referente aos dados antropométricos o público avaliado obteve média de estatura 1,50cm ± 0,07, peso corporal 64,14 ± 11,66, IMC 28,48 ± 4,95 e RCQ 0,91 ± 0,08. Ao correlacionar os aspectos da capacidade funcional com a RCQ verifica-se que as variáveis LPDV, LCLC e Calçar Meias obtiveram médias satisfatórias entre o grupo que foi classificado com RCQ <0,83 (risco baixo/moderado de DC), destacando a variável LPDV que obteve resultado significativo (p<0,05). Porém nas médias referentes a 800m, subir escadas e degraus os resultados não foram satisfatórios. Foi demonstrado um aumento expressivo na proporção de indivíduos cujo risco de desenvolver DC foi considerado alto ou muito alto. Conclusão: Podemos concluir que indivíduos cujo coeficiente da RCQ é <0,83 possuem maior capacidade funcional do que indivíduos com coeficiente >0,83. Ressaltando que, mesmo pessoas fisicamente ativas e aparentemente saudáveis podem apresentar RCQ elevada, consequentemente maior risco de DC. Recomendam-se assim práticas investigativas que revelem os fatores que podem estar influenciando na obtenção destes resultados.