Relação do Torque Muscular Dinâmico e Isométrico em Mulheres Idosas com Diferentes Níveis de Capacidade Funcional
Por Bruno Monteiro de Moura (Autor), Raphael Luiz Sakugawa (Autor), Josefina Bertoli (Autor), Lucas Bet da Rosa Orssatto (Autor), Diego Augusto Santos Silva (Autor), Cintia de La Rocha Freitas (Autor), Fernando Diefenthaeler (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
INTRODUÇÃO: Com o envelhecimento os processos de perda da capacidade de produção de força muscular (i.e., máxima e explosiva) causam redução da independência do idoso em desempenhar suas tarefas funcionais. OBJETIVO: Comparar e correlacionar a capacidade de produção de torque muscular e a taxa de desenvolvimento de força (TDF) com a capacidade funcional (CF) de mulheres idosas. MATERIAIS E MÉTODOS: Trinta mulheres idosas fisicamente ativas foram divididas em dois grupos a partir do z-score do conjunto de três testes de CF (tempo de ir e voltar 3 m, subir e descer escadas): alta CF (n=15; 62,8±2,4 anos; 1,57±0,06 m; 69,67±9,17 kg; 45,23±8,94 %G) e baixa CF (n=15; 63,9±3,3anos; 1,57±0,05 m; 66,72±10,14 kg; 42,58±4,40 %G). O pico de torque isocinético (60º·s-1) concêntrico e excêntrico dos extensores (QCON e QEXC) e flexores (ICON e IEXC) do joelho, a razão convencional (RC) e funcional (RF) e a TDF dos extensores do joelho foram avaliados por meio de um dinamômetro isocinético. Foi utilizado o teste t de Student para amostras independentes e o teste de correlação de Pearson, sendo adotado o p-valor de 0,05. RESULTADOS: O grupo alta CF apresentou maiores valores em comparação ao grupo baixa CF para QCON (18,8%) e ICON (26,1%) e menores valores para os testes tempo de ir e voltar 3 m (-11,1%), subir (-22,3%) e descer escadas (-26,4%). Não foram observadas correlações significativas entre a capacidade de produção de torque e a TDF com os testes de CF no grupo alta CF (Tabela 1). Por outro lado, o grupo baixa CF demonstrou associação média entre o tempo de ir e voltar 3 m e o IEXC (r=-0,67; p=0,006) e RF (r=-0,71; p=0,003); e tempo de descer escadas com a RF (r=0,59; p=0,021). CONCLUSÕES: Mulheres idosas com maior nível de independência mantêm o seu desempenho funcional sem influência da capacidade de produção de força máxima e explosiva.