Resumo

INTRODUÇÃO: Com o envelhecimento os processos de perda da capacidade de produção de força muscular (i.e., máxima e explosiva) causam redução da independência do idoso em desempenhar suas tarefas funcionais. OBJETIVO: Comparar e correlacionar a capacidade de produção de torque muscular e a taxa de desenvolvimento de força (TDF) com a capacidade funcional (CF) de mulheres idosas. MATERIAIS E MÉTODOS: Trinta mulheres idosas fisicamente ativas foram divididas em dois grupos a partir do z-score do conjunto de três testes de CF (tempo de ir e voltar 3 m, subir e descer escadas): alta CF (n=15; 62,8±2,4 anos; 1,57±0,06 m; 69,67±9,17 kg; 45,23±8,94 %G) e baixa CF (n=15; 63,9±3,3anos; 1,57±0,05 m; 66,72±10,14 kg; 42,58±4,40 %G). O pico de torque isocinético (60º·s-1) concêntrico e excêntrico dos extensores (QCON e QEXC) e flexores (ICON e IEXC) do joelho, a razão convencional (RC) e funcional (RF) e a TDF dos extensores do joelho foram avaliados por meio de um dinamômetro isocinético. Foi utilizado o teste t de Student para amostras independentes e o teste de correlação de Pearson, sendo adotado o p-valor de 0,05. RESULTADOS: O grupo alta CF apresentou maiores valores em comparação ao grupo baixa CF para QCON (18,8%) e ICON (26,1%) e menores valores para os testes tempo de ir e voltar 3 m (-11,1%), subir (-22,3%) e descer escadas (-26,4%). Não foram observadas correlações significativas entre a capacidade de produção de torque e a TDF com os testes de CF no grupo alta CF (Tabela 1). Por outro lado, o grupo baixa CF demonstrou associação média entre o tempo de ir e voltar 3 m e o IEXC (r=-0,67; p=0,006) e RF (r=-0,71; p=0,003); e tempo de descer escadas com a RF (r=0,59; p=0,021). CONCLUSÕES: Mulheres idosas com maior nível de independência mantêm o seu desempenho funcional sem influência da capacidade de produção de força máxima e explosiva.

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