Relação dos Níveis de Burnout Entre Professores e Diversas Profissões no Brasil: Um Estudo Comparativo
Por Yonel Ricardo de Souza (Autor), Luis Alberto Lourenço Matos (Autor).
Em Revista Brasileira de Qualidade de Vida v. 7, n 1, 2015. Da página 1 a 7
Resumo
OBJETIVO: Correlacionar os níveis de burnout entre a profissão de professor e várias profissões que apresentam estudos do fenômeno no Brasil.
MÉTODOS: Foi realizado levantamento em periódicos alocados nas bases indexadoras LILACS e SCIELO e em dissertações e teses produzidas em programas de pós-graduação brasileiros. Dentre os itens listados, selecionaram-se aqueles trabalhos experimentais, quantitativos, que tivessem pesquisado o fenômeno burnout durante o exercício de uma profissão no Brasil. Para a análise de dados foi utilizado o pacote estatístico SPSS versão 20.0. Para verificar a relação entre as dimensões da síndrome de burnout, foi utilizada a correlação de Spearman’s rho.
RESULTADOS: Observaram-se apenas correlações significativas (p<0,05) dos professores com atendente de vítima de violência (correlação inversa) e policial militar (correlação direta). As profissões funcionário público, motorista, funcionário de instituto de pesquisa, médico, enfermeiro e atleta de vôlei, além de um estudo que se valeu de uma amostra multifatorial (várias profissões), apresentaram níveis moderados de correlação com a profissão professor, entretanto sem significância.
CONCLUSÕES: Os fatores desencadeantes de estresse crônico entre as profissões com boa correlação com a profissão professor (principalmente policial militar) podem ser levados em consideração na montagem de estratégias para evitar a manifestação do burnout no trabalho, contribuindo assim para a promoção da saúde mental no trabalho e melhora da qualidade de vida.