Resumo

Introdução: Atualmente percebe-se um aumento nos transtornos relacionados à distorção da imagem corporal, como os alimentares e comportamentais. Em pré-adolescentes e adolescentes, consideramos os fatores genéticos, metabólicos e endócrinos, mas destaca-se a importância dos fatores culturais, ambientais e psicossociais no seu processo de crescimento e desenvolvimento como um todo. Fazem parte desses processos a construção da identidade, o comportamento alimentar, a independência e a autonomia nos próprios cuidados e na condição de saúde física e mental. Objetivo: Investigar a autopercepção da imagem corporal e o índice de satisfação com o próprio corpo dos alunos da rede pública de ensino do Rio de Janeiro, participantes do PROFESP (Programa Forças no Esporte) sob a coordenação conjunta do Centro de Instrução Almirante Graça Aranha e a Pastoral do Menor. Material e Método: Amostra - 90 crianças participantes do PROFESP com idade entre 10 e 17 anos, sendo 52 meninos e 38 meninas. Procedimentos e Instrumentos -
As crianças foram medidas e pesadas. Para classificar o índice de massa corporal foi utilizado a posição centílica por sexo e idade, ditada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, Atlanta, 2014).
Responderam individualmente à duas questões relacionadas à Escala de Silhuetas Infantil (KAKESHITA, 2008). 1- Qual dessas figuras acha que se parece com você? (imagem corporal real-ICR). 2- Qual dessas figuras você gostaria de ser? (imagem corporal ideal -ICI) Análise estatística. • Elegeu-se como variáveis a serem analisadas o Nível de Insatisfação (resultado da diferença ICI - ICR) e o IMC. • A análise de força da relação entre as variáveis eleitas foi realizada através da aplicação do Coeficiente de Correlação de Pearson. Resultados: Os dados apontam que há uma forte correlação entre as variáveis. Sendo possível observar graficamente que quanto maior o afastamento (para mais ou para menos) do IMC consideravelmente ideal, maior é o nível relativo de insatisfação dos pesquisados. Conclusão: Restou concluso que os jovens apresentaram boa noção no ajuizamento da autopercepção da imagem corporal, no entanto, os resultados sugerem que a despeito de serem cônscios de sua condição, não se mostram satisfeitos com o seu
corpo. Sendo assim, o estudo aponta informações relevantes para aplicação de atividades que propiciem a melhora do índice de satisfação em relação ao próprio corpo.

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