Relação Entre a Falha no Relaxamento do Assoalho Pélvico e a Constipação em Mulheres
Por Gustavo Fernando Sutter Latorre (Autor), Aline Schenatto dos Santos (Autor), Alynne Thaís Bonetti (Autor), Mábila Luiza Alves de Arruda (Autor), Erica Feio Carneiro Nunes (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 28, n 1, 2020.
Resumo
Resumo
Panorama: O mecanismo da evacuação ocorre através da combinação de movimentos reflexos e voluntários. A alteração funcional nesses mecanismos pode levar à constipação intestinal. Objetivo: Fornecer evidências empíricas a respeito da possível relação entre a falha no relaxamento da musculatura do assoalho pélvico com a constipação intestinal. Método: voluntárias maiores de 18 anos respondem o questionário de ROMA III e a Escala de Bristol para Consistência de Fezes, além de uma avaliação funcional do assoalho pélvico onde foram avaliadas a coordenação, força, potência, endurance e atividade automática dos músculos do assoalho pélvico durante a contração e o relaxamento. Teste exato de Fisher foi utilizado para relacionar constipação à falha no relaxamento. Resultados: 50 mulheres com idades entre 18 e 63 anos atenderam ao estudo, sendo que 84% apresentaram ausência ou falha no relaxamento do assoalho pélvico, dessas, 85,7% foram consideras constipadas. Dentre as mulheres que apresentaram relaxamento completo, 50% foram consideradas constipadas. Conclusão: A falha no relaxamento da musculatura do assoalho pélvico pareceu relacionada à constipação intestinal, e fatores socioculturais podem explicar a hiperatividade do assoalho pélvico, caracterizada por falha no relaxamento, responsável pela epidemia de constipação funcional em mulheres.