Relação Entre a Imagem Corporal, Composição Corporal e o índice Nutricional de Mulheres Idosas
Por Thiago Neves (Autor), Milene Giovana Crespilho Souza (Autor), Viviane Regina Moreno Ultramari (Autor), Marcela Bonfim Martins Lopes (Autor), Katielly Santana (Autor), Juari José Regis (Autor), Carlos Alexandre Fett (Autor), Waléria Christiane Rezende Fett (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: Durante o processo do envelhecimento a imagem corporal dos idosos sofre distorções, devido à relação negativa que a sociedade impõe, com isso muitos idosos investem em produtos, dietas e atividades físicas para alcançar um corpo magro e jovem, “perfeito” mas muitas vezes essa busca incessante faz com que elas adquira transtornos e imagens distorcidas de seu próprio corpo. Objetivo: O presente estudo teve por objetivo analisar a relação entre a imagem corporal descrita pelas idosas com a composição corporal e índice nutricional obtidos pela bioimpedância. Materiais e Métodos: Participaram 73 mulheres com mais de 60 anos de idade, que frequentam 3 vezes na semana um grupo de atividades físicas voltadas à terceira idade (musculação e hidroginástica), na Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá. Utilizamos para a análise da percepção da imagem corporal o protocolo de Stunkard. A bioimpedância para avaliação da composição corporal como a massa muscular esquelética (MME), massa corporal gorda (MCG); percentual de gordura (PG); índice de massa corporal (IMC) e para analise nutricional, (circunferência do braço – CB; circunferência muscular do braço – CMB; circunferência da cintura – CC). Para a análise dos dados, foi utilizada análise de correlação de Spearman. Resultados: A maior parte das idosas (78%) estavam insatisfeitas com sua imagem corporal em função do excesso de peso e 4,1% das idosas estavam insatisfeitas pela sua magreza, apenas 17,9% estavam satisfeitas com sua imagem corporal. Tiveram MME (21,3±2,6 kg), MCG (29,1±9,3 kg), PG (41,4±6,2 %), IMC (28,1±4,4 kg/m²), CB (32,4±3,5 cm), CMB (24,3±1,9 cm) e CC (92,7±15,7 cm).
Conclusão: O excesso de peso foi determinante para a imagem corporal da amostra, mostrando que a insatisfação corporal tem relação determinante nos aspectos corporais e nutricionais da idosas. Portanto, podemos notar que a escala de Silhueta é uma importante ferramenta para orientar a implementação de estratégias para a promoção de um estilo de vida saudável e para fornecer o ímpeto para estudos intervencionistas subsequentes para direcionar discrepâncias da imagem corporal da população idosa.