Resumo

O presente estudo busca relacionar as alterações da velocidade no período competitivo com a participação de futebolistas durante os jogos. Participaram 17 futebolistas (16,3 ± 0,4 anos, 70,2 ± 6,1 kg, 176 ± 6,4cm) de uma equipe juvenil paulista. Avaliou-se a velocidade em 10m (V10m) e 30m (V30m) em dois momentos distintos: início e final das 17 semanas observadas. Na estatística descritiva utilizou-se medidas de centralidade e dispersão e, na inferencial, teste de Shapiro-Wilk para verificar a normalidade dos dados e correlação linear de Pearson para relação entre as variáveis do estudo, adotando-se p<0,05. Encontrou-se forte correlação positiva do percentual da diferença entre início-final para V10m (r = 0,811, r2 = 0,658, IC95% = 0,54 a 0,93, p<0,05) e moderada negativa para V30m (r = -0,598, r2 = 0,350, IC95% = -0,84 a -0,17, p<0,05), com o percentual do volume competitivo dos futebolistas da equipe. Conclui-se que a maior participação dos jogadores durante as partidas implicou no desenvolvimento da variável V10m e diminuição para V30m; porém, o resultado encontrado para a variável V30m provavelmente está condicionado ao conteúdo de treinamento aplicado, bem como pelo menor volume de ações motoras em que a V30m ocorre durante treinamentos com bola e a própria atividade competitiva dos futebolistas quando comparada a V10m. Além disto, verificou-se disparidade entre as sessões de treinamento aplicadas para os futebolistas que não participavam das partidas com o estímulo ocasionado pelos jogos, o que dificulta a manutenção da estrutura organizativa de preparação das equipes durante a temporada competitiva.

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