Resumo

O comportamento sedentário refere-se à realização de atividades que têm baixo gasto energético, realizadas nas posições sentadas ou deitadas, e abrange comportamentos pertencentes ao estilo de vida atual, como por exemplo, ver televisão. Com o decorrer do envelhecimento essa atividade é executada por períodos mais prolongados pelos indivíduos diariamente. Isso é preocupante, uma vez que o envelhecimento associado ao comportamento sedentário acentua o declínio da funcionalidade. O objetivo do presente estudo foi analisar a relação entre alto comportamento sedentário no lazer e baixa funcionalidade de idosos. A amostra foi composta por 375 idosos com idade entre 60 e 97 anos (70±7anos), e desses 114 (30%) eram homens e 261 (70%) mulheres. A funcionalidade foi avaliada por meio de dois testes funcionais e as informações referentes ao comportamento sedentário foram levantadas utilizando-se de questionário de atividade física autorreferido, proposto por Baecke et al. Foi empregado o teste qui-quadrado para verificar a associação entre comportamento sedentário e funcionalidade, e análise de regressão logística binária para construção de modelo múltiplo. Idosos com alto comportamento sedentário no lazer tiveram maior chance de apresentarem baixa funcionalidade [OR:2,57; IC95% 1,40-4,71] e [OR:2,35; IC95% 1,29-4,29] independentemente de sexo, grupo etário, fumo, osteoporose, artrite/artrose, lombalgia e atividade física. A permanência prolongada em comportamento sedentário foi associada à baixa funcionalidade de idosos. Medidas preventivas como, estimular a prática de atividades físicas e incentivar a redução do tempo despendido em atividades sedentárias, como assistir televisão, devem ser adotadas pelos profissionais da saúde para tentar manter a funcionalidade de idosos. 

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