Relação entre ansiedade e depressão com os níveis de força em pessoas vivendo com hiv
Por Sarah Alves Gazeloto Bieli (Autor), Mariana Ardengue (Autor), Pollyana Mayara Nunhes (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
Sabe-se que pessoas que vivem com HIV (PVH) apresentam maior risco de desenvolvimento de desordens físicas, como alterações musculoesqueléticas; e mentais, como preocupação e angústia, características dos sintomas de ansiedade, bem como a culpa, medo, tristeza, cansaço e baixa autoestima que caracterizam a depressão. Isso ocorre em decorrência de fatores relacionados ao conhecimento do diagnóstico, a própria doença e ao seu tratamento, a Terapia Antirretroviral (TARV). Sendo o principal tratamento, o uso da TARV provoca diversos efeitos colaterais, os quais, juntamente com os hábitos de vida, podem ocasionar o comprometimento da qualidade de vida a longo prazo. Além disso, o declínio nos níveis de força muscular, aos quais estão relacionados ao envelhecimento, podem surgir precocemente nessa população. OBJETIVO: Verificar a relação entre os escores de ansiedade e depressão com a força muscular em PVH. MÉTODOS: Foram selecionados de forma aleatorizada 111 participantes (> 18 anos), de ambos os sexos, diagnosticados com HIV e atendidos pelo Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) do Município de Maringá - PR. Aqueles que aceitaram, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para iniciar a coleta de dados. A força de preensão manual (FPM) foi avaliada por meio de um dinamômetro digital (Saehan SH1001). Foram coletadas três medidas e adotado o maior valor para estimativa da força muscular. Para avaliação da alteração de humor e sintomas depressivos, foi aplicada a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS). Foi realizada uma análise de regressão linear múltipla (método enter) com o objetivo de investigar em que medida a ansiedade e a depressão impactam nos níveis de força. RESULTADOS: A amostra foi predominante do sexo masculino (74,1%). Verificou-se que o escore de ansiedade resultou em 68,5% ausentes de sintomas, 18% com possível e 13,5% com provável caso. Já o escore de depressão apresentou 83,8% com ausência de sintomas, 11,7% com possível e 4,5% com provável caso. Os resultados mostraram não haver influência da ansiedade e da depressão na força (F(2, 108) = 0,367, p = 0,694; R2 ajustado = -0,012). CONCLUSÃO: Conclui-se que não houve relação entre as variáveis.