Resumo

O presente estudo objetivou: (1) determinar a incidência de TPM numa amostra de 223 mulheres da população feminina da Universidade Gama Filho (UGF) e em outra amostra que consistiu de 97 mulheres praticantes de atividade física sistemática em 11 academias das zonas norte, sul e oeste da cidade do Rio de Janeiro, (2) comparar a incidência de TPM nos dois grupos, (3) caracterizar as relações entre os sintomas de TPM e a prática de atividade física sistemática e (4) verificar se esses sintomas interferem na vida profissional e pessoal das respondentes. Foi construído um instrumento de coleta de dados baseado na literatura e validado por especialistas nacionais e internacionais. Os resultados deste estudo apresentaram amostras homogêneas em termos de faixas etárias. Entretanto, a amostra das academias teve nível sócio-econômico significantemente mais alto (p=0,001). Houve 88,0% de incidência de sintomas de TPM em ambos os grupos. A prática de atividade física sistemática contribuiu pouco para (1) a diminuição da intensidade do sintoma dor de cabeça em ambas as amostras de praticantes (p=0,025) e (2) a diminuição dos sintomas palpitações e mudança de humor em ambas as amostras (p=0,022 e p=0,038, respectivamente). Não houve diminuição estatisticamente significante dos outros sintomas. Observou-se que 233 mulheres (83,5%) de ambas as amostras indicaram algum tipo de interferência dos sintomas da TPM com maior ou menor freqüência em sua vida pessoal e profissional. 

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