Relação Entre a Cinética do Consumo de Oxigênio e a Estratégia de Corrida em Uma Prova de 10km
Por Mayara Vieira Damasceno (Autor), Rômulo Cássio de Moraes Bertuzzi (Autor), Flávio de Oliveira Pires (Autor), Carlos Rafaell Correia-oliveira (Autor), Ronaldo Vilela Barros (Autor), João Fernando Laurito Gagliardi (Autor), Thays de Ataíde e Silva (Autor), Maria Augusta Peduti Dal Molin Kiss (Autor), Adriano Eduardo Lima da Silva (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 17, n 5, 2011. Da página 354 a 357
Resumo
Este estudo examinou a influência da cinética on do consumo de oxigênio ( O2) sobre a estratégia de corrida adotada durante uma corrida de 10km em corredores com diferentes níveis de desempenho. Vinte e um corredores (28,5 ± 5,3 anos; 172,6 ± 7,3cm; 66,3 ± 9,3kg) realizaram: 1) um teste com incrementos de 1,2km.h-1 a cada três min até a exaustão; 2) um teste de seis minutos de velocidade constante a 9km.h-1 para identificar a cinética do O2; e 3) uma simulação de prova de 10km. Os sujeitos foram divididos em moderada (MP) e baixa (BP) performance de acordo com o tempo gasto para completar a prova de 10km. A velocidade média (MP = 16,9 ± 0,8 vs. BP = 14,9 ± 1km.h-1) na prova de 10km diferenciou significativamente (p < 0,05) entre os grupos. Não foram encontradas diferenças (p > 0,05) entre os grupos em nenhum dos parâmetros cinéticos analisados. Entretanto, a amplitude de aumento do O2 (parâmetro A1) foi inversamente correlacionado com a velocidade média (r = -0,48, p < 0,05) e com as parciais de velocidade na prova (r entre -0,44 e -0,48, p < 0,05), exceto no último trecho (r = -0,19, p > 0,05). Em conclusão, a cinética do O2 parece não interferir na estratégia de corrida adotada em grupos de corredores com diferentes níveis de performance. Contudo, a correlação do parâmetro A1 com as parciais de velocidade sugere uma influência da economia de corrida sobre a estratégia adotada durante a prova de 10km.