Resumo
NTRODUÇÃO: O aumento da prática do futebol de salão como lazer ou desempenho trouxe mais lesões do sistema musculoesquelético, que passaram a exigir maior atenção e cuidados dos profissionais de saúde. OBJETIVO: Avaliar os parâmetros da dinamometria isocinética dos músculos flexores e extensores do joelho na fase pré temporada, verificar a incidência de lesões musculoesqueléticas de membros inferiores nos jogadores de futebol de salão e fazer a relação entre as lesões e a função muscular. MÉTODOS: Foram avaliados 92 jogadores de futebol de salão. A avaliação isocinética foi feita por meio do dinamômetro isocinético Cybex, modelo Norm nas velocidades angulares de 60o /segundos e 180o/segundos. Durante a temporada de jogos foi realizada a coleta das lesões. Foram analisados o pico de torque, o trabalho total e a relação flexora/extensora corrigidos pela massa corporal e expressos em porcentagem. Os dados foram submetidos a análises descritivas (média, desvio padrão e porcentagem) e foram utilizados os testes de Wilcoxon e Kruskal-Wallis para comparações das variáveis quantitativas e qualitativas (P<0,05). RESULTADOS: Diferenças significantes foram encontradas na pré temporada para o pico de torque flexor, relação flexora/extensora a 60o/s e trabalho flexor total para as duas velocidades, sendo que o lado dominante apresentou valores maiores. A lesão predominante foi a entorse de tornozelo em ambos os membros, sem diferença significante. Não foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre as lesões e as variáveis da dinamometria isocinética. CONCLUSÃO: Este estudo sugere que os jogadores de futebol de salão têm alterações nas variáveis isocinéticas, nos membros dominantes e nos membros não dominantes, dependendo da velocidade angular, porém não há relação entre tais lesões musculoesqueléticas e as variáveis isocinéticas