Relação Entre Força de Preensão Manual e Força de Membro Inferior em Mulheres de Meia Idade: Um Estudo Transversal
Por Mariana Vieira (Autor), Carine Souza (Autor), Saionara Câmara (Autor), Gabrielle Matos (Autor), Mayle Moreira (Autor), álvaro Maciel (Autor).
Em Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS v. 20, n 5, 2015. 9 Páginas.
Resumo
Embora a força de preensão manual (FPM) seja utilizada para avaliação de força total do corpo, ainda há contradição na literatura acerca da capacidade preditiva da força de membro inferior (FMI) a partir da FPM. Sabe-se que a FMI é determinante na estabilidade corporal e na locomoção, sendo de extrema importância sua avaliação de forma precisa. Portanto, o objetivo desse estudo foi avaliar a correlação entre a FPM e FMI (flexores e extensores de joelho) em mulheres de meia idade. Trata-se de um estudo observacional analítico, transversal, com 395 mulheres (40 a 65 anos), avaliadas quanto à FPM e FMI (flexores e extensores de joelho). Foi utilizada correlação de Pearson, regressão linear e análise de Bland-Altman para análise dos dados, considerando significância de 5%. A média de idade das mulheres foi de 49,75(±5,8) anos. A média da FPM e FMI (flexão e extensão de joelho) foram, respectivamente: 25,8 (±5,4), 14,7 (±4,9) e 16,5 (±4,5) Kgf. Após análise de regressão linear e análise de Bland-Altman, o valor de R2 ajustado mostrou baixa capacidade de predição da FMI a partir da FPM, com a força de extensão do joelho (R2= 0,21) apresentando valores mais elevados que a força de flexão (R2= 0,13). A FPM correlaciona-se de maneira fraca com a força de extensão e flexão de joelhos em mulheres de meia idade, evidenciando a necessidade de avaliação de diferentes segmentos corporais a fim de uma estimativa mais criteriosa nesta população.