Resumo

Introdução: Durante a contração muscular, a energia mecânica é transformada
em energia elétrica, que é transmitida dos músculos para o osso, pelos tendões,
provocando um aumento na atividade dos osteoblastos e aumentando a
incorporação do cálcio no osso, tendo como resultado a hipertrofia das
trabéculas ósseas e, conseqüentemente, o aumento da densidade óssea. Objetivo:
Correlacionar a força muscular e a densidade mineral óssea de adolescentes.
Material e Métodos: Foram avaliados 65 rapazes (idade: 16,29 ± 0,96 anos;
massa corporal: 61,3 ± 7,52 kg; estatura: 175 ± 6,65 cm) e 79 moças (idade:
15,86 ± 1,1 anos; massa corporal: 53,2 ± 6,37 kg; estatura: 162 ± 5,78 cm) de
quatro escolas da rede pública que representassem Brasília. Todos os
participantes estavam entre os estágios V e IV de maturação sexual segundo o
método de Tanner. A massa corporal e a estatura foram avaliadas por
equipamentos padronizados; a força muscular foi mensurada pelo teste de
repetições máximas de abdominal, conforme descrito no Physical best
(AAHPERD, 1988). A densidade mineral óssea (DMO) da coluna lombar e
do colo do fêmur foram obtidas pelo exame de densitometria óssea realizado
em um aparelho de absortometria de Raios X de dupla energia (DXA), da
marca Lunar, modelo DPX-IQ. Foi utilizado o coeficiente de correlação de
Pearson (r), para verificar a correlação existente entre as variáveis dependentes
e independentes (p=0,05). Resultados: Não foi encontrada nenhuma correlação
significativa entre as variáveis para o sexo feminino. Porém, para o sexo
masculino foi encontrada uma correlação significativa entre a força muscular
abdominal e a DMO da coluna (r= 0,36; p<0,01). Conclusão: Estes resultados
sugerem que a força muscular seja mais importante para a DMO do sexo
masculino do que do sexo feminino, no final da adolescência

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