Resumo

Um dos controles de intensidade sobre exercícios físicos mais comumente utilizados é conhecido como reserva da freqüência cardíaca (RFC), e foi preconizada por Karvonen et al. (1957). Esse método admite ter uma correlação direta entre os seus percentuais e os mesmos do VO2máx. Estudos posteriores demonstraram que a melhor correlação de RFC foi encontrada com a reserva do VO2máx (RVO2máx). Em outras pesquisas essa correlação não foi confirmada em nenhum dos casos. Portanto, o objetivo dessa pesquisa foi verificar se existe correlação entre os percentuais da RFC com os percentuais do VO2máx e/ou RVO2máx. Para isso, uma amostra constituída de 10 indivíduos masculinos com idade de 30 ± 4,53 anos, assintomáticos e ativos fisicamente submeteu-se aos testes. A freqüência cardíaca de repouso (RFCep) foi aferida com os indivíduos deitados por um período de 15 minutos e observado o menor valor. Depois realizaram teste máximo em esteira utilizando um protocolo indireto, com inclinação fixa em 1% e estágio inicial de 6 km/h, sendo que para cada minuto do teste a velocidade era acrescida de 1km/h. Em cada etapa a FC correspondente era registrada, bem como a velocidade. A fórmula proposta pelo ACSM (2003) serviu de base para calcular o consumo de oxigênio de cada estágio. Embora as correlações encontradas tenham sido altas em ambos casos (0,949 e 0,917 para RFC vs VO2máx e RFC vs RVO2máx, respectivamente), existe uma leve tendência da RFC se correlacionar melhor com o VO2máx. Admitido-se que a melhor relação para esse estudo foi entre %RFC e %VO2máx, o Teste de “Student” aplicado entre esses percentuais apontou uma diferença significativa (p<0,05). Através dos dados apresentados, pode-se concluir que, para a amostra estudada, a melhor correlação ficou entre os %RFC e os %VO2máx, com uma leve tendência das intensidades da RFC subestimarem o consumo de oxigênio em 6,9%.

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