Resumo
ntrodução - Nos últimos anos diversas hipóteses foram investigadas sobre a relação entre gordura corporal e a massa óssea. Objetivo - O presente estudo visa avaliar a associação de índices de gordura corporal e massa óssea em adultos e idosos. Metodologia - O estudo foi desenvolvido com os dados obtidos do estudo transversal de base populacional intitulado Inquérito Domiciliar de Saúde no Município de São Paulo (ISA Capital 2015), realizada de janeiro de 2015 a maio de 2016. A amostra foi composta por 296 indivíduos, sendo 129 adultos (18 a 59 anos) e 167 idosos (60 anos ou mais), de ambos os sexos. Utilizando os dados antropométricos, foram calculados os índices: Índice de Massa Corpórea (IMC), Índice de Conicidade (IC), Índice de Circularidade Corporal (ICC), Índice de Formato Corporal (IFC), Índice de Adiposidade Corporal (IAC), Índice de Gordura Corporal (IGC) e Índice de Adiposidade Visceral (IAV). Além disso, foram avaliados os dados de gordura corporal (GC) em kg, gordura visceral (GV em gramas), porcentagem de gordura corporal ( por centoGC) e densidade mineral óssea de corpo total (DMO CT), coluna lombar (DMO L1- L4) e do colo do fêmur (DMO femoral), obtidos pelo DXA (modelo Lunar iDXA Advance, GE Healthcare, Madison, WI, USA). Foram calculadas estatísticas descritivas (média, desvio-padrão, percentis); a normalidade foi testada por Anderson- Darling, foi aplicado o teste Mann-Whitney e a correlações de Spearman. A GC (kg) foi ajustada por sexo e idade e a DMO CT, L-L4 e femoral foram ajustadas por gênero, classe etária, atividade física, ingestão de álcool e tabagismo com o uso de Modelos Lineares Generalizados. Uma vez identificado o modelo mais adequado a uma variável resposta, procurou-se reduzir o número de parâmetros com uso do Critério de Informação Akaike (AIC). Para realizar essas análises foi utilizado o software SPSS, 23.0 (SPSS Inc, Chicago IL, USA) e R (Projeto para estatística em sistema computacional) for Windows, versão 3.4.1. O nível de significância adotado foi de 5 por cento. Resultados - No artigo 1 é apresentado uma revisão sobre a relação entre os índices antropométricos e de gordura corporal com Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT) como diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, síndrome metabólica entre outras. No artigo 2, foi observado baixa proporção de osteoporose nos participantes. Na relação entre os índices antropométricos com a GC (kg), verificamos que com exceção do IFC e IAV, os demais índices apresentaram correlação positiva e significante com a GC em kg (p<0,001). Entretanto, o modelo que apresentou o melhor ajuste e associação para a GC foi o IGC (89,97 por cento), seguido do IMC (83,93 por cento). Na associação dos índices com a DMO nos 3 sítios (DMO CT, L-L4 e femoral), observamos baixos valores de predição dos modelos avaliados, sendo que o modelo que apresentou melhor associação foi o IMC para DMO femoral. Conclusão O índice antropométrico que mais se aproximou da GC (kg) foi o IMC, como observado na análise de correlação e confirmado na análise inferencial, uma vez que as fórmulas para obtenção de ambos os índices são muito semelhantes. Na relação com a DMO, nenhum índice antropométrico é capaz de predizer a DMO nos 3 sítios avaliados na amostra estudada.