Relação Entre índices de Muscularidade e Desempenho no Salto Vertical
Por R. M. Andrade (Autor), J. F. L. Gagliardi (Autor), Maria Augusta Peduti Dal Molin Kiss (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 15, n 1, 2007. Da página 61 a 68
Resumo
O objetivo do estudo foi estudar a relação entre massa muscular estimada a partir da circunferência muscular de membros inferiores e o salto vertical. Foram avaliadas 9 mulheres atletas de voleibol com idade de 18 (±1) anos e tempo de prática de 7 (±2) anos, que treinavam 4 vezes por semana, com sessão diária de treino de 3 horas. Foram coletados peso (72,99±8,54kg), estatura (177,79±6,57cm), adiposidade (26,18±6,08%), circunferências de coxa (CC=61,00±4,58cm) e perna (CP=37,44±2,02cm). Foram também determinadas as circunferências de coxa corrigida (CCc=52,79±3,92cm) e perna (CPc=35,17±2,02cm) a partir da subtração do anel de gordura. O desempenho de salto foi determinado pelos testes Vertical Jump (VJ=43,33±4,30cm) e Vertical Power Jump (VPJ=34,00±3,35cm). A associação das variáveis CC, CCc, CP e CPc com VPJ e VJ, dada pela correlação de Pearson (p<0,05), apresentou valor significante somente entre CP e VJ (-0,67). Acreditamos que o fato dos músculos envolvidos na extensão de joelhos serem caracterizados por baixa velocidade de contração, enquanto que os músculos envolvidos na flexão plantar por elevada velocidade de contração, possam explicar os fenômenos encontrados, visto que a velocidade de contração é fator de grande importância na geração de potência muscular, consequentemente, no deslocamento vertical. Ainda, comportamentos variados entre as associações de salto e antropometria são reportados na literatura, mostrando que tais associações parecem ser dependentes da amostra analisada. Assim, concluímos que as circunferências de coxa e de panturrilha, mesmo quando corrigidos pelas respectivas dobras cutâneas, parecem não ser determinantes do desempenho do salto vertical