Resumo

O objetivo desse estudo foi verificar, entre estudantes adolescentes de escolas da zona urbana de Irati-PR, a prevalência de insatisfação com a imagem corporal e sua relação com o nível de atividade física habitual. A amostra foi composta por 340 estudantes do sexo feminino (14,55 ± 2,8 anos; 55 ± 14,3 Kg; 163 ± 14 cm) do ensino médio selecionadas de forma probabilística por conglomerados. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram o Questionário de Atividades Físicas Habituais de Russel Pate, traduzido e adaptado por Nahas (2006) e a escala visual de percepção de silhueta corporal de Childress, et al., (1993). Verificou-se que a prevalência de adolescentes insatisfeitas com a sua silhueta corporal é preocupante (70,9%) e que essa insatisfação não apresenta significativa associação com o nível de atividade física. No entanto, há significativa associação entre insatisfação com a silhueta corporal e as medidas antropométricas, sendo 3,47 vezes mais chances entre as adolescentes com sobrepeso e 2,64 vezes mais chances entre as adolescentes com baixo peso quando comparadas com as eutróficas. Verificou-se que 31,94% das adolescentes com baixo peso desejam diminuir sua silhueta corporal e 63,96% das eutróficas também, o que pode indicar risco de desenvolvimento de transtornos dismórficos corporais, principalmente entre as adolescentes de baixo peso. Nesse estudo, o nível de atividade física também não apresentou significativa associação com as medidas antropométricas. Conclui-se que a maioria dessas adolescentes está insatisfeita com a sua imagem corporal, independentemente do nível de atividade física habitual e que há um percentual significativo de adolescentes com distúrbios de imagem corporal visto que, apesar de abaixo do peso, desejam reduzir ainda mais a sua silhueta corporal.

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