Resumo

13/11/2020
O objetivo deste trabalho foi verificar a relação entre a maturidade óssea com os indicadores de dano muscular e fadiga muscular, em resposta a uma partida de futebol de forma aguda e residual em jovens futebolistas. A amostra foi composta por 44 jovens futebolistas (13,3 ± 1,0 anos; 161,1 ± 12,0 cm; 49,9 ± 10,8 kg) pertencentes às categorias Sub-13 e Sub-15 de dois clubes de futebol da cidade de Londrina-PR. Foram coletados dados de variáveis antropométricas (massa corporal, estatura), de composição corporal (densidade corporal, gordura corporal e massa livre de gordura (MLG)), estimativa da idade óssea (IO), informações sobre carga interna e externa durante as partidas (padrão de deslocamento, body load, frequência cardíaca, percepção subjetiva de esforço). As variáveis de fadiga muscular (saltos contra movimento (CMJ) e squat (SQJ)), dano muscular (creatina quinase (CK) e lactato desidrogenase (LDH)) e dor muscular de início tardio (DOMS) foram coletadas pré partida e até 72h após a partida. Os resultados mostraram que não foi identificado a presença da fadiga muscular nos indicadores avaliados, independentemente do status de maturidade (P > 0,05). Por outro lado, foi verificado a ocorrência de dano muscular e da DOMS, sendo de maior intensidade no grupo Precoce (P < 0,05) e de maior duração no grupo Tardio (P < 0,05). Além disso, o dano muscular foi afetado por 24h e a DOMS por até 72h (P < 0,05). Apenas na categoria Sub-13 houve associação da IO e da MLG com o dano e a DOMS, no momento imediatamente após a partida (0h). A maior IO explicou em 56% o comportamento da CK (β = 0,56; R²=0,56; P < 0,05) e em 45% o comportamento da DOMS (β = 0,63; R²=0,45; P < 0,05), enquanto com a MLG a explicação foi de 45% no comportamento da DOMS (β = 0,87; R²=0,45; P < 0,05). Adicionalmente foi observado que na categoria Sub-15 o dano muscular permaneceu elevado por 24h e a DOMS por 48h (P < 0,05), enquanto na categoria Sub-13 o dano muscular elevou-se apenas no momento 0h (P < 0,05) e a DOMS foi impactada por até 72h após a partida (P < 0,05). Portanto conclui-se que a maturidade óssea mostrou relação significante com o dano muscular e com a DOMS somente nos futebolistas da categoria Sub-13 após uma partida.

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