Resumo

O envelhecimento da população é um fenômeno global que apresenta desafios sig-nificativos para a saúde pública, especialmente na manutenção da mobilidade e na prevenção de quedas em idosas. O medo de cair é um fator crítico que pode comprometer a independência e a qualidade de vida dessas mulheres, influenciando diretamente sua habilidade de marcha. No entanto, há uma escassez de pesquisas que investiguem a relação direta entre o medo de cair e a capacidade de marcha em idosas independentes. Compreender essa associação é fun-damental para desenvolver intervenções eficazes que promovam a autonomia e a segurança, melhorando assim a qualidade de vida dessa população vulnerável. Objetivo: Investigar a re-lação entre o medo de cair e a habilidade de marcha em mulheres idosas independente. Méto-dos: Participaram da análise 127 idosas saudáveis (66,9 ± 4,8 anos), inscritas em um programa comunitário de exercício físico. O medo de cair foi avaliado pelo questionário Falls Efficacy Scale-International (FES-I) e a habilidade de marcha pelos testes de Caminhada de 10 metros (C10M); Caminhada de 6 Minutos (C6M) e Timed up and go (TUG). Os dados foram analisados a partir da correlação de Pearson para identificar associações entre as variáveis. Resultados: As participantes apresentaram o seguinte perfil no FES-I : 28,9 ± 9,8 pontos; C10M: 5,0 ± 1,3 seg.; C6M: 473,14 ± 61,1 metros; e TUG: 7,6 ± 1,1 seg. Foram observadas as seguintes associações entre o medo de cair e a habilidade de marcha: C10M (r = -0.30, p < 0.09, correlação baixa), C6M (r = -0.26, p < 0.03, correlação baixa) e TUG (r = -0.70, p < 0.01, correlação alta). Conclusão: Os resul-tados deste estudo indicam que níveis mais altos de medo de cair estão associados a uma pior habilidade de marcha entre as idosas independentes.

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