Relação entre medo de cair e habilidade de marcha em idosas independentes
Por Newton Benites Carvalho Lima (Autor), Salviano Silva Resende (Autor), Laiza Ellen Santana Santos (Autor), Diego Silva Patrício (Autor), Marcos Raphael Pereira Monteiro (Autor), José Carlos Aragão-Santos (Autor), Antônio Gomes de Resende Neto (Autor), Marzo Edir Da Silva Grigoletto (Autor).
Resumo
O envelhecimento da população é um fenômeno global que apresenta desafios sig-nificativos para a saúde pública, especialmente na manutenção da mobilidade e na prevenção de quedas em idosas. O medo de cair é um fator crítico que pode comprometer a independência e a qualidade de vida dessas mulheres, influenciando diretamente sua habilidade de marcha. No entanto, há uma escassez de pesquisas que investiguem a relação direta entre o medo de cair e a capacidade de marcha em idosas independentes. Compreender essa associação é fun-damental para desenvolver intervenções eficazes que promovam a autonomia e a segurança, melhorando assim a qualidade de vida dessa população vulnerável. Objetivo: Investigar a re-lação entre o medo de cair e a habilidade de marcha em mulheres idosas independente. Méto-dos: Participaram da análise 127 idosas saudáveis (66,9 ± 4,8 anos), inscritas em um programa comunitário de exercício físico. O medo de cair foi avaliado pelo questionário Falls Efficacy Scale-International (FES-I) e a habilidade de marcha pelos testes de Caminhada de 10 metros (C10M); Caminhada de 6 Minutos (C6M) e Timed up and go (TUG). Os dados foram analisados a partir da correlação de Pearson para identificar associações entre as variáveis. Resultados: As participantes apresentaram o seguinte perfil no FES-I : 28,9 ± 9,8 pontos; C10M: 5,0 ± 1,3 seg.; C6M: 473,14 ± 61,1 metros; e TUG: 7,6 ± 1,1 seg. Foram observadas as seguintes associações entre o medo de cair e a habilidade de marcha: C10M (r = -0.30, p < 0.09, correlação baixa), C6M (r = -0.26, p < 0.03, correlação baixa) e TUG (r = -0.70, p < 0.01, correlação alta). Conclusão: Os resul-tados deste estudo indicam que níveis mais altos de medo de cair estão associados a uma pior habilidade de marcha entre as idosas independentes.