Resumo

Atualmente, na maioria das academias não existe a preocupação com saúde e bem-estar de seus clientes, e sim com os ganhos lucrativos que geram para sua empresa. Essas academias usam como marketing a ideia do corpo perfeito, colocando em suas propagandas pessoas com corpos esculturais e bem treinados, e isso acontece até mesmo com os funcionários, como por exemplo, dificilmente são encontrados professores (as) “gordinhos(as)” dentro de uma sala de musculação ou dando aulas de ginástica. Analisando do ponto de vista capitalista, não tem como não citar o filósofo e sociólogo alemão Karl Marx, que tinha como principal característica para explicar uma sociedade o pensamento de que só existem dois grupos, explorados e exploradores. Trazendo isso para a nossa realidade onde também observamos essa mesma teoria de conflito de desigualdade, obsessão pela vitória e grande interesse de comercialização, temos grande ligação do pensamento marxista com o atual mercado da musculação. O objetivo dessa pesquisa além de destacar esse momento da atualidade que já foi descrito a muitos anos atrás pelo autor, é também evidenciar como um modelo de sociedade pode influenciar em várias amplitudes o mundo em diferentes épocas ou períodos. O presente estudo foi realizado em um desenho de pesquisa de natureza básica, com métodos não experimentais, dados qualitativos e exploração bibliográfica. Conclui-se com esse estudo, que a maior preocupação das academias são os lucros que a empresa gera, e não o bem-estar e saúde de seus clientes, pois comparando o conceito de Marx sobre alienação e capitalismo com os empresários (donos de academias), existe o maior interesse em alienar seus clientes com a ideia do corpo perfeito utilizando estratégias como publicidade, propaganda e utilização de mídias para induzir o aluno a buscar somente fins estéticos e resultados que não são necessários para sua qualidade de vida. Por outro lado, observamos também uma ligação entre o desejo do cliente com a teoria marxista, onde existe essa “obsessão pela vitória a qualquer preço”, ou seja, o aluno se propõe a qualquer medida em busca do corpo ideal, como por exemplo o uso de substâncias anabólicas.

Referências

GLEYSE, Jacques. Brohm Jean-Marie. Sociologie politique du sport. Nancy, PUN, réédition 1992, 398 p. Corps et culture, n. 1, 1995.

PINHEIRO, Ivan Antonio; PINHEIRO, Rodrigo Reska. Organização cientifica do trabalho reinventa um mercado tradicional: o caso do fitness, RAE eletrônica., v. 2, p. 1.

AMORIM, Lucas. Do bíceps ao bilhão. Exame, June 26, 2013, Vol.47(12), p.88.