Relação Entre Orientação Por Profissional de Educação Física e Realização de Exames Clínicos Prévios
Por José Vítor Vieira Salgado (Autor), Osmar Henrique Della Torre (Autor), Carlos Eduardo Zunino (Autor), Roberto Carreira (Autor), Mara Patrícia Traína Chacon-Mikahil (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Introdução: Especialmente, na última década, observou-se um expressivo aumento
do número de praticantes de Corrida de Rua em todo o mundo, no Brasil, em
especial no estado de São Paulo (CORPORE, 2005). A maioria, amadores que
buscam melhorar sua qualidade de vida. Parece, no entanto, que esse crescimento
não ocorreu na mesma proporção tanto para orientação por profissionais de
Educação física quanto para a avaliação médica prévia. Grande número desses
praticantes, sequer tem informações sobre como a prática pode trazer benefícios:
saúde, hidratação, alimentação, vestuário e calçados adequados, risco de lesões, ou
até mesmo, ainda que em pequena magnitude, a morte súbita (GHORAYEB, CAMARGO
& OLIVEIRA, 1999; SALGADO, 2005). Objetivo: Comparar praticantes de Corrida de
Rua orientados ou não por profissionais de Educação Física quanto à realização de
exames clínicos prévios à prática da atividade física. Metodologia: Aplicação de
entrevistas em quatro diferentes provas do calendário nacional em 2004: Corrida
Integração, Campinas-SP; Maratona de Revezamento Pão de Açúcar, São PauloSP; Volta Internacional da Pampulha, Belo Horizonte-MG e Corrida de São Silvestre,
São Paulo-SP. Foram obtidas 817 entrevistas válidas, analisadas de forma descritiva,
estatística inferencial e teste de hipótese. Resultados: Constatou-se que, 72,7% dos
entrevistados não serem orientados por profissional de Educação Física (NO); destes
60,9% não realizaram exames clínicos prévios ao inicio da atividade. Entre os
indivíduos com orientação (O); 64,1% relataram ter se submetido a exames clínicos.
Em uma análise geral, pareceu-nos que chance de um corredor de rua ter
acompanhamento clínico foi quase três vezes maior para o grupo (O) em comparação
ao grupo (NO) (OR=2,8). Conclusões: Com o expressivo crescimento dos praticantes
desta modalidade de corrida e de atividades físicas em geral, vê-se a necessidade de
uma maior conscientização desse público tanto no tocante, as suas condições físicas
e de saúde quanto de uma possível orientação por um profissional qualificado
direcionando a realização de uma atividade mais adequada às condições e objetivos
individuais. Suporte: PIBIC/SAE-UNICAMP.