Resumo

A dor femoropatelar (DFP) é amplamente considerada uma condição multifatorial caracterizada por um início gradual de dor relacionada à articulação femoropatelar, que causa inúmeras limitações funcionais. Alguns fatores foram previamente associados à DFP, incluin-do características biomecânicas, clínicas e estruturais, podendo essa patologia ser apontada como fator de risco para o desenvolvimento da osteoartrite de joelho (OA). Evidências atuais demonstram que o estágio avançado de condromalácia está associado à piora da gravidade dos sintomas e ao declínio da função do joelho, o que pode impactar diretamente na cinesiofobia de mulheres com DFP. Nesse contexto, a ressonância magnética (RM) é uma ferramenta valiosa usada no estadiamento da condromalácia, que se baseia no grau de lesão da cartilagem. Ob-jetivo: Comparar a cinesiofobia com o estágio/gravidade da condromalácia patelar. Métodos:Esse é um estudo transversal, a amostra foi composta por 47 mulheres (18 a 40) anos de idade, clinicamente diagnosticadas com DFP. A Escala Tampa de cinesiofobia foi observada através do instrumento TSK-11, instrumento composto por 11 itens que quantificam e avaliam o medo do movimento (cinesiofobia) e de re-lesão devido ao movimento e atividade física em uma escala de 11 a 44, onde 44 indica maior medo do movimento. O exame de ressonância magnética (RM) foi realizado por médico radiologista capacitado e os laudos utilizados para dividir o grupo 1, de menor estágio de menor gravidade (condromalácia grau 1 e 2) e estágio de maior gravidade (condromalácia grau 3 e 4, ou associação de outras lesões articulares). A estatística utilizada para comparação entre os grupos foi Teste T, o nível de significância considerado foi p < 0,05. Resultados: Não houve diferença na cinesiofobia (p = 0,60) entre os estágios inicial (grupo 1) e avançado (grupo 2) da condromalácia patelar. Conclusão: O estadiamento da condromalácia patelar não interfere na cinesiofobia de mulheres diagnosticadas com DFP.

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