Relação entre os achados no exame de ressonância magnética e a flexibilidade de membros inferiores em mulheres com dor femoropatelar
Por Irivam Batista da Silva Neto (Autor), Aluiso André Dantas de Sousa (Autor), Lucas de Medeiros Dantas Oliveira (Autor), Maria Ester de Oliveira Farias (Autor), Daniel de Medeiros Leiros (Autor), Ivson Thales Gomes Silvino (Autor), Hassan Mohamed Elsangedy (Autor), Leônidas de Oliveira Neto (Autor).
Resumo
A Dor Femoropatelar (DFP) é uma condição comum que afeta muitas mulheres, causando dor e desconforto na região anterior do joelho. Através do uso de Ressonância mag-nética (RM), é possível obter uma visão detalhada da estrutura do joelho e identificar possíveis anormalidades, como a condromalácia patelar. Além disso, a flexibilidade dos membros infe-riores pode desempenhar um papel crucial na saúde do joelho e na prevenção da DFP. Objeti-vo: Comparar o desempenho de flexibilidade e o estágio/gravidade da condromalácia patelar. Métodos: Esse é um estudo transversal, a amostra foi composta por 47 mulheres (18 a 40) anos de idade, clinicamente diagnosticadas com DFP. Para mensurar a flexibilidade dos grupos mus-culares foi utilizado um inclinômetro validado para uso com o celular iHandy Level com nível de confiabilidade intra e inter-avaliador excelente (coeficiente de correlação intraclasse, 0,97 e 0,76, respectivamente). A medida foi relatada em graus (°) a partir da posição inicial, sendo re-gistrada a média dos 3 valores coletados. Obtivemos todas medidas nos testes de flexibilidade, utilizando como referência a porção medial da tíbia, compreendida entre a distância da tubero-sidade da tíbia até o maléolo medial, local esse que foi utilizado para posicionar o inclinômetro nos testes de flexibilidade. Os exames de ressonância magnética (RM) foram realizados por médico radiologista capacitado e os laudos utilizados para dividir o grupo 1, de menor estágio de menor gravidade (condromalácia grau 1 e 2) e estágio de maior gravidade (condromalácia grau 3 e 4, ou associação de outras lesões articulares). A estatística utilizada para comparação entre os grupos foi Teste T, o nível de significância considerado foi p < 0,05. Resultados: 28 ava-liadas foram classificadas no grupo 1 (menor gravidade) e 19 no grupo 2 (maior gravidade). Não houve diferença na flexibilidade passiva dos posteriores de coxa (p = 0,693), flexibilidade passiva dos extensores de joelho (p = 0,751) e flexibilidade ativa de panturrilha (p = 0,870) entre os estágios inicial (grupo 1) e avançado (grupo 2) da condromalácia patelar. Conclusão: O esta-diamento da condromalácia não interfere na flexibilidade daquelas com DFP.