Relação Entre Percepção Subjetiva do Esforço e Marcadores Salivares em Atletas de Atletismo
Por Bruno Pereira Melo (Autor), Ramon Cruz (Autor), Francisco de Assis Manoel (Autor), Fernando Roberto De-oliveira (Autor), Solange Marta Franzói-de-moraes (Autor).
Resumo
O objetivo do estudo foi descrever a distribuição das Cargas de Treinamento (CT) pelo método da percepção subjetiva de esforço (PSE) da sessão e verificar a sua associação com as alterações de marcadores salivares (MS) em atletas de atletismo durante um camping de treinamento. Participaram do estudo, 44 atletas (17,5 ± 2,7 anos; 175,1 ± 9,0 cm; 63,9 ± 10,7 Kg) sendo, 11 velocistas, 11 fundistas, 11 saltadores e 11 arremessadores, avaliados durante oito sessões de treinamento (duração entre 120 e 150 minutos). Amostras de saliva foram colhidas antes e após o camping, avaliando as concentrações de cortisol, proteínas totais e osmolaridade. A PSE foi obtida trinta minutos após cada sessão, utilizando a escala CR10. A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro-Wilk. A comparação entre grupos foi realizada por ANOVA e a correlação entre PSE e MS foi obtida pela correlação de Pearson, adotando p < 0,05. A distribuição das CT apresentaram características ondulatórias e alta variabilidade. Houve aumento na osmolaridade salivar nos velocistas (55,0 ± 14,0 vs. 68,7 ± 22,6 mOsm/L; p=0,003) e saltadores (60,9 ± 17,9 vs. 77,8 ± 18,7 mOsm/L; p=0,001). Os fundistas apresentaram maiores níveis de cortisol (p = 0,007) comparado aos demais grupos. Não foram encontradas correlações entre a PSE da sessão e MS. Sendo assim, a combinação de avaliações perceptuais e fisiológicas deve ser priorizada para um melhor controle e monitoramento de atletas na modalidade de atletismo.