Relação entre prática de atividade física e risco de sarcopenia em mulheres com câncer de mama
Por Dayane Cristina De Souza (Autor), Dartel Ferrari De Lima (Autor), Kauana Borges Marchini Siqueira (Autor), Hudson Corrêa Dos Santos (Autor), Thaís Larissa Reichert (Autor).
Em 47º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
A sarcopenia é uma doença caracterizada pela perda de força e diminuição de massa muscular esquelética (MME), frequentemente associada ao envelhecimento, mas que também é um desafio para pessoas com doenças crônicas, como é o caso de mulheres com câncer de mama. Durante o tratamento do câncer de mama (CM) aproximadamente um terço das pacientes desenvolve sarcopenia, diminuindo suas chances de sobrevida. A prática de atividade física (AF) é fundamental para minimizar esse risco, embora ainda haja poucas pesquisas focadas na relação entre a AF e a prevenção da sarcopenia em mulheres com CM. Objetivo: Investigar a relação entre os níveis de atividade física (NAF) durante e pré-tratamento e a ocorrência de sarcopenia em mulheres com CM. Métodos: Participaram deste estudo 55 mulheres em tratamento oncológico para CM, com idade média de 49.31 (±6,75) anos, recrutadas no Hospital do Câncer de Cascavel – PR. Para avaliação do risco de sarcopenia foi realizado o questionário SARC-F, indicando risco de sarcopenia quando a somatória for ≥11 pontos; medidas de circunferência de panturrilha e de força de preensão manual (ponto de corte 16kg). O NAF foi determinado pelo questionário IPAQ – versão curta. Para o NAF antes da doença foi incluído uma questão de autorrelato com base nos parâmetros de recomendação de AF da OMS. A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov. As associações foram realizadas por meio do teste Exato de Fisher e a correlação de Pearson para verificar a relação entre a força de preensão manual e o SARC-F. Os dados foram avaliados pelo Software estatístico SPSS. Considerou-se significativos resultados de p<0,05. Resultados: As participantes possuem um NAF elevado, mesmo durante o tratamento do CM, sendo a maioria da amostra classificada como ativa (76%). Mulheres com CM classificadas como ativas tiveram menores indicativos de sarcopenia comparadas àquelas classificadas como sedentárias ou irregularmente ativas (p=0,007). Não houve relação entre o autorrelato de AF antes da doença com esses indicadores, tão pouco entre o tempo de tratamento e indicadores de sarcopenia (p=0,98).