Relação Entre Prática de Ciclismo no Lazer e o Número de Doenças: Comparação Entre Homens e Mulheres
Por I. D. S. Ferro (Autor), D. Cantarutti (Autor), C. H. Dupas (Autor), L. A. Gobbo (Autor), J. S. Codogno (Autor).
Resumo
Sabe-se que, atualmente, grande parte da população apresenta um cotidiano de baixo nível de atividade física, sendo consideradas pessoas sedentárias, nesse intermédio a prática regular de exercícios físicos além de promover o bem estar e uma melhora na qualidade de vida, esta associada à prevenção e controle de doenças crônicas não transmissíveis e manutenção da saúde entre homens e mulheres. Neste panorama, a prática do ciclismo se destaca por ser atividade física aeróbia possível de ser realizada no momento de lazer e, ou mesmo, para a locomoção, em decorrência destes fatores, a modalidade do ciclismo vem conquistando a cada dia mais adeptos, pois além de não gerar poluição atmosférica e sonora, apresenta um custo econômico menor e permite a prática da atividade física sem exigir tempo extra diário das pessoas que a praticam. Sendo assim, o objetivo do estudo foi analisar a possível relação entre prática de ciclismo no lazer e o número de doenças auto referidas em pacientes atendidos em Unidades Básicas de Saúde, segundo o sexo. Foram avaliados 541 indivíduos de ambos os sexos, com faixa etária igual ou maior que 50 anos, atendidos em duas Unidades Básicas de Saúde. Para a coleta de dados foi realizada uma entrevista estruturada contendo informações referentes à presença de diversas doenças crônicas. Para análise da prática de ciclismo, foi aplicado o Questionário de Baecke e para análise dos dados considerada do questionário a informação referente ao uso de bicicleta no período do lazer. A análise estatística foi composta pelo teste de correlação de Pearson e seus respectivos intervalos de confiança de 95% (Software BioEstat 5.0). Resultado: Entre os homens (n= 161) a prática de ciclismo no lazer não foi relacionada ao número de doenças auto referidas (r= 0.061 [IC95%: -0.095; +0.214]), entretanto, entre as mulheres (n= 380), a maior prática de ciclismo no lazer foi relacionada à menor número de doenças (r= -0.139 [IC95%: -0.236; -0.039]). Conclusão: A maior prática de ciclismo tanto para locomoção cotidiana quanto para momentos de lazer, foi relacionada ao menor número de doenças auto referidas em pacientes do sexo feminino, deste modo, destaca-se a importância em estimular e popularizar a prática do ciclismo como prática de exercício físico, sendo de modo efetivo, relevante para a melhora da saúde e prevenção de doenças crônicas.